Prefeito de Campinas assina lei de incentivos fiscais; expectativa é gerar 5 mil vagas

Atrair novos investimentos para Campinas e gerar emprego e renda. Estes são os principais objetivos da Lei de Incentivos Fiscais sancionada pelo prefeito Dário Saadi nesta terça-feira, 21 de dezembro. Com a nova legislação, as empresas que se enquadrarem terão direito à isenção de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), do ITBI e do ISSQN da construção civil, além da redução do ISSQN de 5% para 2%.

A ação faz parte do Paes (Programa de Ativação Econômica e Social), que prevê R$ 4 bilhões em investimentos e a geração de mais de 20 mil empregos.

“Campinas, por muito tempo, não foi atrativa para investimentos. A cidade tinha uma boa lei de incentivos fiscais, mas que exigia um patamar de investimentos muito alto para ter direito ao benefício”, disse o prefeito. “Nosso objetivo, com o conjunto de ações que constam na nova lei, é gerar cinco mil empregos”, concluiu.

Poderão se beneficiar indústrias, centros de distribuição, unidades de logística e serviços, call centers e empresas de informática das áreas de tecnologia da informação e de comunicações, entre outras. A lei vale para novas empresas e também para as já instaladas no município e que pretendam expandir sua produtividade.

Além de reduzir o investimento inicial das empresas, que hoje é de R$ 113 milhões, a nova lei também altera o prazo do benefício, que vai variar de seis a 20 anos, de acordo com a pontuação obtida. Outra novidade é o retorno social, já que a lei prevê contribuições aos fundos municipais.

O secretário de Finanças, Aurílio Caiado, explicou que as empresas enquadradas na lei terão direito a todos os benefícios, porém o prazo de concessão varia de acordo com os critérios estabelecidos. “O tempo que a empresa poderá usufruir do benefício vai depender do valor do investimento, do número de postos de emprego gerados, da receita gerada com a prestação de serviços e do valor adicionado fiscal”, disse.

Ainda segundo Caiado, a Prefeitura vai lançar um hotsite com todas as informações e uma “calculadora”, que vai auxiliar o empresário a identificar a sua situação na nova lei. “Ele não precisará vir até Campinas para calcular o prazo do seu benefício. Ele poderá fazer isso de qualquer cidade ou até de outros países. Nosso objetivo é tornar o processo menos burocrático e mais transparente”, completou.

A lei será publicada nesta quarta-feira, 22 de dezembro. A regulamentação está prevista para publicação no início do ano.

Aprovação

Um fato que chamou a atenção foi o número de empresas presentes no evento. Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Adriana Flosi, todos os setores produtivos da cidade estavam representados. “Os setores produtivos de Campinas tinham uma grande expectativa com essa nova lei. A presença de seus representantes aqui demonstra a importância dessa ação para o crescimento da nossa cidade, para que a gente tenha mais pujança e gere mais empregos”, disse.

Para José Nunes Filho, da Ciesp Campinas, a lei é moderna e inovadora. “É uma forma de universalizar, de democratizar mais esses investimentos e dar a chance de empresas menores participarem, e das grandes se sentirem atraídas por Campinas”, disse.

Além do representante do Ciesp, estiveram presentes o Secovi, o Avança Campinas, a Arcel, a Associação das Empresas de Loteamento, a Habicamp, a Softec, o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, A Associação Brasileira de Salões de Beleza, o Creci, o Venture Hub, a Tecnopark, a Global, o Clube Monte Líbano, a Abrasel, a Arquedec, o Sindivarejistas, a Acic e a Sescon.

Também participaram do evento, o secretário de Justiça, Peter Panutto; o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães; e a procuradora da Secretaria de Finanças, Célia Piassi.

Como é hoje e como fica com a nova lei

Leis atuais

Incentivos: fixos/escalonados

Prazo: 10 anos

Critérios: atividade; receita de serviços; valor adicionado fiscal; e localização

Compromissos sociais: não tem

Investimento mínimo: R$ 113,5 milhões

Nova legislação

Incentivos: fixos

Prazo: de 6 a 20 anos

Critérios: atividade; receita de serviços; empregos e valor adicionado fiscal

Compromissos: contribuição para fundos municipais

Investimento mínimo: varia de acordo com o segmento

Indústria: R$ 15 mi; prestadores de serviços: R$ 8 mi; centros de distribuição, logística e call center: R$ 4,2 mi.

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