Ministério da Saúde diz que vacinação de crianças contra a Covid-19 será analisada

Após o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, o Ministério da Saúde afirmou que a decisão ainda será analisada e que não há prazo para que os imunizantes cheguem ao público pediátrico. Da mesma forma, a pasta também não informa a previsão de compra das doses, que são diferentes daquelas administradas nos adultos e adolescentes. Nesta quinta-feira, 16, o governador de São Paulo, João Doria, usou as redes sociais para criticar o governo federal. Segundo ele, é inadmissível não iniciar imediatamente a vacinação das crianças, citando o que chamou de “descaso com a vida dos brasileiros“. O governo do Estado enviou um ofício ao Ministério da Saúde pedindo agilidade para a imunização infantil.

Em entrevista ao Jornal Jovem Pan, o imunologista da Universidade de São Paulo, Gustavo Cabral de Miranda, falou sobre a segurança da fórmula desenvolvida para as crianças. “A garotada tem capacidade de estimular o sistema imunológico muito boa. Então não precisamos usar dose completa, como utilizamos em adultos, usamos apenas um terço. A gente consegue equilibrar bem para levar essa vacina com segurança”, disse. Na live semanal, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que, assim como para os adultos, a vacinação pediátrica contra a Covid-19 deverá ser analisada pelos pais. Ele também pediu extraoficialmente o nome dos responsáveis pela aprovação do imunizante. “Nos queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento quem são essas pessoas e, obviamente, forme o seu juízo”, afirmou.

Segundo o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, a análise foi feita pela equipe técnica da agência e também por um grupo externo convidado de especialistas em pediatria e imunologia. Em nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) disse que apoia a vacinação de 5 a 11 anos, lembrou que a pandemia não acabou e que a imunização de toda população é urgente. O presidente da entidade, Carlos Lula, destacou ainda que a vacina da Pfizer já foi aprovada pelas agências reguladoras da Europa e dos Estados Unidos e também pelo governo de Israel.

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