62% dos brasileiros sofrem estresse por medo de perder fonte de renda
O medo de perder a atual fonte de renda causa estresse elevado em 62% dos brasileiros. Este é o resultado de pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), realizada com o Datafolha.
Entre o sexo feminino, a proporção é ainda maior: são sete em cada dez mulheres entrevistadas. A preocupação com despesas e falta de dinheiro afeta a 57% dos entrevistados igualmente com altos níveis de estresse: são duas em cada grupo de três mulheres (66%) e 47% dos homens.
“Outras pesquisas da associação já haviam mostrado que as barreiras estruturais da nossa sociedade prejudicam mais a vida financeira das mulheres. Elas também têm maior dificuldade de poupar e de investir, por exemplo. E isso não é pelo fato de serem mulheres e sim pelas situações enfrentadas no dia a dia que tornam a gestão das finanças mais desafiadora”, ressalta Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Anbima.
No controle
A maioria dos brasileiros afirma cuidar das próprias finanças: são 87%. Ainda assim, desse total nada menos do que 85% se mostram constantemente preocupadosem aumentar a renda. Outros 62% receiam ter de pedir dinheiro e recursos a amigos e familiares para manter as contas em dia. O excesso de trabalho é indispensável para 53% das pessoas, também parapoder pagar as contas.
A saúde mental da população é que sente: 56% dos entrevistadosafirmam se sentir constantemente sob pressão, e 49%, ou seja, quase metade da população, não conseguem descansar adequadamente por preocupações com a vida financeira.
Os gastos além do permitido pela renda — avaliados nos últimos seis meses — são rotina para 30% dos consumidores. Veja a distribuição dos gastos acima da renda:
- Classe DE: 45%
- Classe C: 33%
- Classe AB: 19%
- Mulheres: 38%
- Homens: 27%
A pesquisa ouviu 2.001 pessoas acima dos 16 anos nas cinco regiões do país. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Inflação no prato: preço do tomate dispara 40%; do arroz, 18%
O tomate, nos primeiros 15 dias deste, mês caiu 1,19%, mas registra alta de 40,5% nos últimos 12 meses.
Já o arroz, item básico da alimentação do brasileiro, subiu 3,41% no último mês. Em um ano, a alta é de 18,25%.
O azeite de oliva segue a mesma tendência 24,5% de alta nos últimos 12 meses e 5,68% em outubro.
No mês, alguns alimentos tiveram queda, como o preço do leite longa vida (-6,44%), o feijão carioca (-5,31%), o ovo de galinha (-5,04%) e as carnes (-0,44%).
Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (26) pelo IBGE e fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).
A prévia da inflação ficou em 0,21% em outubro. O resultado representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando registrou ficou em 0,35%.