Bolsonaro questiona Tebet sobre caso Celso Daniel e Lula
Na noite desta quinta-feira (29), durante o último debate eleitoral com os candidatos à Presidência, o candidato Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição, questionou a candidata Simone Tebet (MDB) sobre o caso Celso Daniel. O questionamento foi feito ao perguntar se ela concordava com o posicionamento da senadora Mara Gabrili (PSDB), vice em sua chapa.
Após a pergunta feita por Bolsonaro, no entanto, Tebet disse ao presidente que fizesse o questionamento diretamente ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Prefeito de Santo André e coordenador da campanha de Lula em 2002, Celso Daniel foi encontrado morto em janeiro do mesmo ano, com marcas de tortura e tiros em uma estrada de Juquitiba (SP). Ele havia sido sequestrado após deixar um restaurante na capital paulista. Inicialmente, a Polícia Civil apontou que se tratava de “crime comum”, mas o Ministério Público declarou que a versão não se sustentava.
Segundo os irmãos de Celso Daniel, Bruno José Daniel Filho e João Francisco Daniel, o homicídio foi um crime político para queima de arquivo. Celso estaria envolvido em um esquema de corrupção de empresários do setor de transportes e funcionários da Prefeitura de Santo André para desviar dinheiro para o Partido dos Trabalhadores.
Bolsonaro: “Julgamento de Lula foi anulado por amigo no STF”
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que os processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) só “deixaram de existir” porque existia um “amiguinho” no Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada durante o debate entre candidatos ao Palácio do Planalto realizado, nesta quinta-feira (29), pela TV Globo.
– Tu foi condenado em três instâncias – disse Bolsonaro a Lula, num direito de resposta concedido pela organização do evento.
O presidente também mencionou delatores de esquemas de corrupção durante os governos do PT.
O candidato à reeleição também se defendeu de críticas à sua gestão na pandemia de Covid-19 e ao aumento da fome e da pobreza no País.
– Para de mentir. Quando se fala em fome, eu dei R$ 600 reais de Auxílio Brasil – disse Bolsonaro.
Pe. Kelmon critica sexualização de crianças em escolas
O candidato pelo PTB, Padre Kelmon, repetiu as críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) à chamada ideologia de gênero e atacou a “sexualização das crianças” nas escolas.
– Não é sexualizando as crianças que você vai construir cidadão do futuro. Cada etapa da vida exige uma formação e é isso que vocês não estão entendendo. Querem destruir crianças com essas práticas que vão tornar cidadãos de uma vida deturpada – afirmou Kelmon.
O candidato pelo PTB também disse que os presidenciáveis que participam do encontro “não respeitam padre”.
– Se tratam um padre desse jeito, imaginem o que vocês não fazem com o povo? – provocou.