A 10ª pesquisa nacional do Instituto Gerp sobre as Eleições Presidenciais de 2026, realizada entre 1º e 5 de novembro de 2025 e divulgada nesta sexta-feira (7), indica um cenário de polarização consolidada, mas com novos movimentos no campo conservador. O levantamento, que ouviu 2.000 pessoas, revela que os principais nomes da direita aparecem numericamente à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em simulações de segundo turno.
O levantamento foi realizado por meio de entrevistas telefônicas e possui uma margem de erro de 2,24 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95,55%.
Mesmo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue como a principal referência da direita e é o único que venceria Lula em um segundo turno, com 47% a 42%.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, surgem como herdeiros naturais do bolsonarismo, apresentando perfis distintos, porém complementares.
Michelle alcança 30% das intenções de voto no primeiro turno e empata tecnicamente com Lula em um eventual segundo turno, com 47% a 44% dos votos. Sua força se concentra no eleitorado feminino e evangélico.
Tarcísio de Freitas, por sua vez, registra 21% das intenções de voto no primeiro turno, contra 33% de Lula. No entanto, em um confronto direto no segundo turno, também empata tecnicamente com o petista, com 44% a 43%.
Cenários de segundo turno:
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Bolsonaro 47% x 42% Lula
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Michelle 47% x 44% Lula
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Tarcísio 44% x 43% Lula
Em todos os cenários de segundo turno, o campo conservador se mostra numericamente à frente, enquanto o petismo mantém uma base sólida, especialmente no Nordeste e entre eleitores de baixa renda, de acordo com a pesquisa.
Sucessão
A pesquisa também investigou a preferência dos eleitores bolsonaristas para a sucessão, caso o ex-presidente não possa concorrer. Entre seus apoiadores, 30% defendem que ele indique Michelle como candidata, enquanto 24% preferem Tarcísio. Os filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro e Flávio Bolsonaro, foram citados por 7% e 4% dos entrevistados, respectivamente.
