O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou de uma reunião on-line, na manhã desta quarta-feira (29/10), com outros governadores de direita para discutir um possível apoio ao Rio de Janeiro após a operação policial mais letal da história do estado, ocorrida nessa terça-feira (28/10).
Além do governador paulista, que está em Brasília, participaram da conversa os governadores Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Mauro Mendes (Mato Grosso). A ideia é realizar uma reunião presencial no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (30/10).
De acordo com assessores, o objetivo é oferecer ajuda ao governador Cláudio Castro (PL) em meio aos desdobramentos da incursão policial feita contra o Comando Vermelho nas comunidades do Complexo do Alemão e da Penha. A ação já contabiliza mais de 130 mortos, sendo quatro policiais.
A megaoperação alimentou críticas da direita ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após Castro ter afirmado que o Planalto teria negado ajuda federal ao estado.
A informação foi corrigida posteriormente pelo próprio governador carioca, que explicou que a negativa teria ocorrido em ocasiões anteriores, quando a gestão petista teria rechaçado enviar blindados do Exército para apoiar operações contra facções criminosas.
O argumento do governo federal é de de que seria necessária a adoção de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para tal ajuda.
Megaoperação
- Pelo menos 132 pessoas foram mortas durante a megaoperação contra o Comando Vermelho deflagrada na manhã dessa terça-feira (28/10) no Rio de Janeiro.
- Entre os mortos, há quatro policiais – dois civis e dois militares.
- Segundo o governo, o objetivo da operação era de desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), principal facção do tráfico no estado, e apreender fuzis que a organização criminosa portava.
- A operação é considerada a mais letal da história do Rio. De acordo com o governador, quatro policiais foram mortos por “narcoterroristas durante a Operação Contenção” em um dia considerado histórico no enfrentamento ao crime organizado para Polícia Civil do RJ (PCERJ).