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Apex/Futura: Bolsonaro, Tarcísio e Michelle venceriam Lula em segundo turno
Lula afirma que traficantes de drogas são “vítimas de usuários”
Por Janete
Publicado em 24/10/2025 17:33
Política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perderia em cenários de segundo turno se a eleição fosse hoje para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), segundo pesquisa Futura/Apex divulgada nesta quinta-feira (23).

O levantamento foi realizado entre os dias 16 e 21 de outubro, com 2.000 entrevistas por telefone e margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Na disputa direta com Bolsonaro, o ex-presidente aparece com 46,9% das intenções de voto, contra 41,3% de Lula. Apesar da vantagem, Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Michelle aparece com 47,6% e o presidente, 41,2%. No cenário com Tarcísio, o governador chega a 45,3% e Lula, 39,5%.

Já contra o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o presidente aparece em empate técnico, dentro da margem de erro.

 

 

 

 

 

Lula afirma que traficantes de drogas são “vítimas de usuários”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira (24) que os traficantes de drogas são “vítimas dos usuários” enquanto falava sobre o combate ao tráfico em uma coletiva de imprensa em Jacarta, capital da Indonésia.

“Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários, os usuários são responsáveis pelos traficantes que são vítimas dos usuários também. Você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra […]. Então é preciso que a gente tenha mais cuidado no combate a droga”, disse Lula.

A declaração foi dada enquanto o presidente respondia a uma pergunta sobre as recentes falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem defendido ações militares letais contra supostos grupos de narcotráfico fora do território norte-americano.

Sem citar diretamente Trump, Lula criticou a possibilidade de execuções extrajudiciais de pessoas acusadas de tráfico de drogas e disse que líderes devem agir com responsabilidade.

“Você não está aí para matar as pessoas, você está para prender as pessoas. Antes de punir alguém, é preciso julgar, ter provas. Você não pode simplesmente dizer que vai invadir o território de outro país. É preciso respeitar a Constituição, a autodeterminação dos povos e a soberania territorial”, afirmou.

Lula destacou que o Brasil atua no combate ao tráfico de drogas por meio de operações coordenadas com a Polícia Federal e cooperação internacional.

“Estamos trabalhando com outros países, com a Interpol e forças policiais para combater o narcotráfico, o tráfico de armas e o contrabando. É melhor trabalhar em parceria do que cada país decidir agir sozinho”, disse.

A fala ocorre em meio à escalada de tensão diplomática entre Estados Unidos e Venezuela.

Nos últimos dias, Trump voltou a afirmar que seu governo pretende atacar grupos que ele classificou como “narcoterroristas” e comparou cartéis latino-americanos ao Estado Islâmico.

Também declarou que “não precisa de declaração de guerra” para autorizar operações militares contra supostos traficantes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se retratou nesta sexta-feira (24) por uma frase em que comparou traficantes a vítimas de usuários de drogas.

“Fiz uma frase mal colocada nesta quinta e quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado”, escreveu em uma rede social.

Para reforçar seu posicionamento, Lula afirmou: “Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”.

Lula fez o comentário ao ser questionado sobre falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse não ser necessária uma declaração de guerra para matar traficantes de drogas.

Ao se justificar nesta sexta, o presidente brasileiro minimizou o seus discurso e frisou: “mais do que palavras são as ações” que o governo dele vem realizando.

Nesse contexto citou iniciativas do Executivo no combate ao crime e a operação Carbono Oculto, que desarticulou um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

 

“Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país”, destacou na mensagem.

 

“Continuaremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado”, prosseguiu.

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