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Eleições presidenciais: Pesquisa Gerp aponta disputa aberta em 2026
Lula atinge sua melhor fase desde o início do Tracking Gerp, enquanto a direita se reorganiza e mantém a eleição completamente aberta
Por Janete
Publicado em 08/10/2025 17:24
Política

A 9ª rodada do Tracking Gerp – Eleições 2026 revela um cenário de equilíbrio e
reacomodação das forças políticas nacionais. Luiz Inácio Lula da Silva apresenta
melhora nos principais indicadores de desempenho, enquanto o campo
conservador demonstra sinais consistentes de reorganização em torno de novas
lideranças. O resultado consolida uma disputa aberta e sem favorito definido, a
menos de dois anos do pleito presidencial.
Aprovação do governo volta a atingir 37%, e desaprovação recua
A avaliação positiva do governo Lula alcançou 37%, mesmo índice registrado em
janeiro de 2025. A desaprovação caiu para 57%, refletindo leve melhora na
percepção sobre políticas sociais e condução econômica. A tendência indica um
momento de estabilidade e redução gradual do desgaste político, embora sem
alteração significativa na polarização estrutural do eleitorado brasileiro.
Lula ultrapassa Bolsonaro na intenção de voto espontânea
Pela primeira vez, Lula aparece numericamente à frente de Jair Bolsonaro na
intenção de voto espontânea — 24% contra 23%. A diferença, pequena e dentro da
margem de erro, tem valor simbólico, pois demonstra reativação da lembrança
eleitoral do presidente e equilíbrio entre os dois polos que estruturam a disputa
política nacional desde 2018.
Fragmentação da direita favorece Lula no 1º turno
Nos cenários estimulados de 1º turno, Lula mantém desempenho estável e perde
apenas para Jair Bolsonaro. O presidente é favorecido pela fragmentação do campo
conservador entre Tarcísio de Freitas, Michele Bolsonaro, Ronaldo Caiado, Ratinho
Jr. e Romeu Zema, além da presença de Ciro Gomes no espaço de centro. Essa
dispersão de candidaturas dificulta a concentração plena de votos à direita e
amplia o espaço do lulismo entre eleitores moderados e independentes.
Unificação da direita altera o cenário no 2º turno
A mesma fragmentação que favorece Lula no 1º turno se converte em desvantagem
quando há unificação do campo conservador no 2º turno. Nesse contexto, Lula é
superado por Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Michele Bolsonaro; empata
tecnicamente com Eduardo; e supera Caiado, Ratinho Jr., Zema e Ciro Gomes. Os
resultados reforçam o caráter competitivo, dinâmico e indefinido da disputa
presidencial.
Cenário acirrado e em constante movimento
Os dados indicam que o país caminha para uma das eleições mais acirradas desde
a redemocratização. O lulismo demonstra resiliência e capacidade de
recomposição, enquanto a direita consolida múltiplas alternativas viáveis de
liderança nacional.
Com margens ainda não consolidadas e alto grau de volatilidade entre eleitores de
centro, o cenário permanece aberto e em movimento. A definição tende a ocorrer
apenas nas fases finais da campanha, com os indecisos desempenhando papel
decisivo no resultado da eleição.
Expectativa positiva marca possível encontro entre Lula e Donald Trump
A maioria dos entrevistados aprova a participação de Lula (67%) e prefere que o
encontro seja presencial (73%), reforçando o valor simbólico e diplomático do
gesto político.
Para 27%, o encontro fortaleceria igualmente os dois líderes; 19% acreditam que
beneficiaria Lula e 16% Trump, enquanto 23% não veem vantagem para nenhum.
Há também uma expectativa prática: 40% acreditam que a reunião pode levar à
redução da tarifa de 50%, contra 37% que esperam manutenção.

 

 

 

 

Quaest: governo Lula tem avaliação negativa de 37% e 33%, positiva

 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresenta equilíbrio na avaliação, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8).

São 37% que consideram a administração negativa. Outros 33% consideram positiva. Para 27% é regular.

Se comparado ao último levantamento de setembro, houve uma oscilação de um ponto percentual para baixo entre os que consideram negativa; dois para cima no positivo; e um para baixo no regular.

Para o levantamento, a Quaest ouviu 2.004 pessoas, pessoalmente, entre 2 e 5 de outubro. O nível de confiança é de 95%.

 

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