O governo Lula (PT) é desaprovado em seis dos oito estados analisados pela pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20). A avaliação positiva da gestão supera a negativa apenas na Bahia e em Pernambuco. Já em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, a desaprovação é majoritária. Juntos, esses oito estados representam 66% do eleitorado brasileiro.
Em São Paulo, 65% desaprovam o governo e 34% aprovam. Em Minas, a desaprovação é de 59% e a aprovação de 40%. No Rio, 62% desaprovam e 37% aprovam. No Paraná, 64% desaprovam e 34% aprovam. No Rio Grande do Sul, 62% desaprovam e 37% aprovam. Já em Goiás, 66% rejeitam o governo e 33% aprovam.
Nos dois estados nordestinos incluídos no levantamento, os números se invertem. Na Bahia, são 60% os que aprovam a gestão Lula e 39% os que desaprovam. Em Pernambuco, por sua vez, a aprovação é de 62% e a desaprovação é de 37%.
A pesquisa entrevistou 1.104 pessoas por estado em GO, PR, RS e PE; 1.200 pessoas na Bahia; 1.404 no Rio de Janeiro; 1.482 em Minas; e 1.644 em São Paulo. A margem de erro é de dois pontos percentuais em São Paulo e de três pontos nos demais estados, com nível de confiança de 95%.
Além das sondagens regionais, a Genial/Quaest realizou um levantamento nacional, com 2 mil entrevistados adicionais, totalizando 12 mil pessoas ouvidas.
Nesse recorte, o governo Lula registrou 46% de aprovação e 51% de desaprovação, mantendo a tendência de melhora observada em julho. O avanço foi puxado pelo Nordeste, onde a aprovação cresceu sete pontos, passando de 53% para 60% no período analisado.
Após decisão de Dino, dólar sobe e Bolsa tem 2ª maior queda do ano
O Ibovespa fechou com a segunda maior queda do ano nesta terça-feira (19), recuando 2,10% e marcando 134.432 pontos. O dólar, por sua vez, subiu 1,19%, negociado a R$ 5,499. A movimentação do mercado ocorre após a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu empresas e instituições em operação no Brasil de aplicarem restrições motivadas por “atos unilaterais estrangeiros”.
Segundo informações da consultoria Elos Ayta, a queda desta terça do Ibovespa – o principal índice da bolsa de valores brasileira – foi o segundo maior de 2025, ficando abaixo apenas do patamar registrado em 4 de abril, quando houve um recuo de 2,96% em meio à represália da China contra o tarifaço do presidente americano Donald Trump.
Na decisão que mexeu com o cenário econômico nesta terça, Dino entendeu que medidas como bloqueio de ativos e cancelamento de contratos só poderão ser adotadas com autorização expressa da Corte. Para os investidores, a decisão deve afetar a aplicação da chamada Lei Global Magnitsky, utilizada pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.
O movimento do mercado atingiu em cheio as ações dos grandes bancos, que recuaram em bloco e arrastaram o Ibovespa para baixo. As principais quedas do setor foram registradas no Banco do Brasil (-5,79%), Santander (-4,88%), Bradesco (-3,79%), BTG (-4,04%) e Itaú (-3,97%). Como o segmento financeiro tem peso significativo na composição do índice Ibovespa, a queda amplia a pressão sobre a Bolsa.
No cenário externo, investidores também acompanham os desdobramentos da reunião do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky e aliados europeus, realizada na Casa Branca. Trump sinalizou a intenção de organizar um encontro trilateral com Zelensky e o presidente russo Vladimir Putin, em data e local ainda indefinidos.