TSE multa Haddad por fraude em impulsionamento de buscas
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira (29), por 5 a 2, multar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na módica quantia de R$ 10 mil, por promover propaganda eleitoral irregular na internet durante sua campanha pelo PT ao governo de São Paulo, em 2022.
Haddad foi condenado por ter impulsionado no Google resultados positivos sobre si quando eram feitas buscas com o nome de Rodrigo Garcia (PSDB), então seu adversário direto na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. Ao se buscar o nome de Garcia, aparecia como resultado o link direcionando ao site do candidato petista.
O relator, ministro Raul Araújo, concordou com o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que considerou haver fraude no cumprimento das regras eleitorais.
– Parece-me acertado esse entendimento do egrégio regional, o candidato [adversário] é prejudicado claramente pelo desvio da informação buscada – argumentou Raul Araújo.
Seguiram o relator os ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Isabel Galotti e Alexandre de Moraes, que voltou a classificar a prática como uma espécie de estelionato eleitoral.
– Não há porque se justificar que você, procurando por um candidato, haja um impulsionamento, um pagamento, que manda para a página de outro – disse o ministro.
Ficaram vencidos os ministros Edilene Lobo e Floriano de Azevedo Marques, que ponderaram que, na época da conduta, não havia regra clara sobre o impulsionamento de conteúdo positivo usando como palavra-chave o nome de adversário.
Na terça-feira (27), o plenário do TSE aprovou nova regra para deixar claro que, daqui em diante, está proibido impulsionar o próprio material de campanha usando como palavra-chave nome, alcunha ou apelido de adversário.
Economist diz que gafes de Lula tiram o brilho da reunião do G20
Em um artigo publicado nesta terça-feira (27), a revista britânica Economist fez uma análise sobre as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O periódico afirmou que “elas estão tirando o brilho do Brasil no G20”.
Segundo a publicação, as gafes do político brasileiro prejudicaram os encontros entre ministros das finanças e presidentes de bancos centrais dos países do grupo, que ocorreram na última semana, no Rio de Janeiro.
Uma das gafes citadas pela revista foi a fala de Lula sobre o Holocausto. Ao comparar a guerra em Gaza com o crime de Adolf Hitler, o petista se tornou “persona non grata” em Israel.
Outra gafe foi o que Lula disse sobre a morte de Alexei Navalny, opositor do governo russo que faleceu na prisão. Ao ser questionado sobre, Lula respondeu: “Por que a pressa de acusar alguém? Um cidadão morreu na prisão, não sei se ele estava doente ou tinha algum problema”.
Para o Economist, Lula demonstra simpatia para com o presidente russo Vladimir Putin, prova disso foi a opinião dele, dita no ano passado, de que a Ucrânia tinha culpa pela invasão russa.
“A interpretação mais generosa é que comentários desse tipo são uma manobra cínica para galvanizar a base esquerdista do Partido dos Trabalhadores de Lula. Mesmo que esteja funcionando, está causando efeitos colaterais graves. Além de irritar os aliados ocidentais, Lula forjou um terreno comum no qual a direita do Brasil e os centristas alienados se uniram”, diz a publicação.