Quase 80% dos brasileiros sentem piora na segurança pública nos últimos 12 meses
Pesquisa divulgada pela Quaest nesta terça-feira (26) indica que a maioria dos brasileiros sentem piora na segurança pública.
Questionados sobre a percepção dos últimos 12 meses, os entrevistados afirmaram que a violência:
- Aumentou: 79%
- Ficou igual: 15%
- Diminuiu: 4%
- Não sabe ou não respondeu: 2%
Foram ouvidas 2.007 pessoas entre os dias 10 e 16 de novembro de 2023. A margem de erro é de 2,2 pontos para mais ou para menos.
A maior percepção de aumento na violência está na região Sul (83%), seguido de Sudeste (81%) e Nordeste (79%).
Entre as mulheres, a percepção de aumento de violência é sentida por 81% das entrevistadas, contra 77% dos homens.
Pessoas que recebem mais de 5 salários mínimos e a faixa que recebe de 2 a 5 salários mínimos são as duas que mais sentiram aumento na violência, com 81% dos entrevistados.
Pessoas pretas (81%) são as que mais sentiram o aumento na violência, seguidos de Brancos e Pardos (ambos com 79%) e de outras cores ou raças (73%).
Outros indicadores
A pesquisa indica que metade dos entrevistados já foi assaltado, furtado ou roubado ao menos uma vez na vida e que 85% das pessoas conhecem alguém que já passou por isso.
Para 81% dos brasileiros, segundo a pesquisa, a violência e o crime organizado são problemas nacionais, enquanto 16% considera como problemas locais.
Já 83% avaliam que o crime organizado tem crescido, contra 3% que consideram que tem diminuído e 3% que tem ficado do mesmo tamanho.
Sobre confiança nas forças de segurança pública, as Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha) possuem 44% de avaliação “confia totalmente” entre os entrevistados, seguido de Polícia Federal (36%), Polícia Civil (25%), Polícia Militar (23%) e Poder Judiciário (17%).
A maior parcela de “não confia” é do Poder Judiciário (24%), seguido da Polícia Civil (21%) e da Polícia Militar (20%).
A maior parte dos entrevistados (53%)considera que a Justiça não tem feito o que pode para resolver o problema da violência (53%), enquanto 44% avaliam que a Justiça tem feito o que pode.
Questionados se concordam ou não com determinadas afirmativas, 94% disse que concorda com a redução da maioriadade penal, 93% aprova pena aumentada para criminosos pegos com armas pesadas e 77% que deveria haver pena de morte no Brasil.
Polícia Federal conclui que Bolsonaro não “importunou” baleia jubarte
A Polícia Federal concluiu o inquérito que apurava se o ex-presidente Jair Bolsonaro importunou uma baleia jubarte durante um passeio de jet ski, em São Sebastião, no litoral paulista. O caso ocorreu no feriado de Corpus Christi de 2023.
Para o delegado responsável pela investigação, Breno Adami Zandonadi, por mais que “as condutas dos investigados se mostraram inadequadas”, as provas dos autos “não chegaram a efetivamente representar os intencionais molestamentos previstos no tipo penal”. Ou seja: o ex-presidente não foi indiciado.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal, a quem cabe decidir se há elementos para oferecer denúncia. O MPF também pode solicitar mais diligências.
Histórico
A investigação durou cinco meses e foi aberta a partir da publicação de um vídeo nas redes sociais, em que Bolsonaro aparece em um jet ski com motor ligado a aproximadamente 15 metros do animal.
A lei brasileira proíbe pesca e “molestamento intencional” desses animais nas áreas litorâneas. A pena para esse tipo de crime é de dois a cinco anos de prisão, além de multa.