A Secretaria de Saúde de Indaiatuba conquistou o 1º lugar nacional no Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer 2025, promovido pela Fundação do Câncer, em parceria com o Instituto Oncoclínicas. O município foi a vencedor na categoria Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer com o projeto “Da Iniciativa Municipal à Política Nacional – O Sucesso do Programa de Rastreamento com Teste DNA-HPV em Indaiatuba no Controle do Câncer de Colo de Útero”. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 22 de outubro de 2025, na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, e reuniu pesquisadores e gestores de todo o país.
O prefeito de Indaiatuba, Dr. Custódio Tavares, comentou: “É um grande orgulho para Indaiatuba conquistar o primeiro lugar no Prêmio Marcos Moraes. Esse reconhecimento mostra que nossa cidade é referência em inovação e saúde pública. O programa com o teste de DNA-HPV, desenvolvido aqui com a Unicamp e apoio da Roche, virou exemplo para todo o Brasil e vai ajudar a salvar vidas em todo o SUS”.
O médico ginecologista, coordenador do Programa de Planejamento Familiar da Rede Municipal de Saúde e atual presidente da Câmara, Dr. Túlio José Tomass Couto, acrescentou: “É uma grande honra fazer parte deste estudo que começou aqui em Indaiatuba e hoje inspira todo o país. Já realizamos o exame de DNA-HPV em cerca de 30 mil mulheres, e em quase quatro mil casos positivos, nossas equipes puderam agir rapidamente na prevenção do câncer do colo do útero. Esse resultado mostra o poder da ciência aliada à saúde pública”.
Para a secretária de Saúde de Indaiatuba, Dra Heloísa Salatino, o prêmio é um marco para o município e para a saúde pública brasileira. “Esse reconhecimento é motivo de orgulho para toda a equipe da Saúde e mostra que o investimento em ciência e inovação pode transformar vidas. Indaiatuba foi pioneira e agora ajuda a construir uma política nacional de prevenção ao câncer de colo do útero”, destacou.
O estudo, desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com o apoio técnico e científico da Roche, teve como um dos principais coordenadores o médico ginecologista e coordenador Programa de Planejamento Familiar da Rede Municipal de Saúde e atual Presidente da Câmara de Vereadores Dr. Túlio José Tomass Couto, além dos pesquisadores Dr. Júlio Cesar Teixeira, Dra. Diama Bhadra Vale e Dra. Joana Froes Bragança, professores associados ao Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp; Dra. Michelle Garcia Discacciati, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP; Dra. Críbis Silva Campos, médica doutora em Ginecologia pela Unicamp; Dr. Luiz Carlos Zeferino, professor titular do departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp; Graziela Drigo Bossolan Garcia, chefe de Gabinete Institucional de Indaiatuba e Dra. Heloísa Carla Salatino, secretária de Saúde de Indaiatuba.
A iniciativa iniciou em 2017 e marcou uma verdadeira transformação na forma de prevenir o câncer do colo do útero. Indaiatuba foi o primeiro município do Brasil a substituir o tradicional exame de Papanicolau pelo teste de DNA-HPV, tecnologia que identifica precocemente a presença do vírus causador da doença. O novo método aumentou significativamente a taxa de detecção de lesões precursoras e reduziu em até 10 anos a idade média dos casos de câncer diagnosticados, permitindo o tratamento antes do surgimento dos sintomas.
Com resultados expressivos, o projeto comprovou que o rastreamento por DNA-HPV é mais eficiente, econômico e acessível do que o modelo tradicional, e serviu de base científica para a criação das novas diretrizes nacionais do Ministério da Saúde, que devem ampliar o uso do teste em todo o Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2025.