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Inadimplência de pessoas físicas bate novo recorde no Brasil
“El Pollo” diz que Maduro usou verba pública para financiar Lula
Por Janete
Publicado em 20/10/2025 17:18
Economia

O número de consumidores brasileiros com contas em atraso registrou um aumento de 8,91% em setembro de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024. O Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e revelou que a variação anual observada em setembro deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior. Na passagem de agosto para setembro, o número de devedores cresceu 0,21%.

O levantamento estima que o Brasil tinha, em setembro, 71,86 milhões de consumidores negativados, o que representa 43,14% da população adulta do país.

A alta anual de devedores foi impulsionada, principalmente, por dívidas com tempo de atraso de três a quatro anos, que representam 34,46%.

– O Brasil apresenta hoje um quadro de inadimplência estrutural: elevada participação de inadimplentes na população adulta, prevalência de dívidas de baixo valor, mas com impacto acumulado, reincidência muito alta e recuperação que não acompanha o aumento do estoque de débitos. Sem iniciativas coordenadas entre mercado, poder público e incentivo à educação financeira, o sistema de crédito permanecerá caro, com custos macroeconômicos relevantes e com exclusão financeira – destacou o presidente da CNDL, José César da Costa.

A abertura por faixa etária do devedor mostra que o número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em setembro foi da faixa de 30 a 39 anos (23,56%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,18% mulheres e 48,82% homens.

Observando os resultados por região, o Centro‐Oeste apresentou a alta mais expressiva no número de inadimplentes na comparação anual, com crescimento de 8,16%, seguido pelo Norte (7,99%), Nordeste (7,59%), Sudeste (7,54%) e Sul (7,36%).

De acordo com o indicador de inadimplência, em setembro de 2025, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.801,45 na soma de todas as dívidas. Considerando todas essas dívidas, cada inadimplente devia, em média, para 2,22 empresas credoras.

Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,55%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 43,63% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

– É fundamental considerar o papel das redes sociais nesse contexto de inadimplência, já que elas se tornaram poderosas ferramentas de venda. As plataformas conhecem profundamente o comportamento, as necessidades e os desejos dos consumidores — e usam estes dados para estimular compras cada vez mais impulsivas. Por isso, reduzir a exposição a esses estímulos pode ser uma estratégia eficaz para evitar gastos desnecessários. Medidas simples como limitar o uso das redes sociais, desinstalar aplicativos de compras ou sair de grupos que divulgam promoções, ajudam a controlar o acesso ao consumo e, consequentemente, facilitam o hábito de poupar – destacou o presidente do SPC Brasil, roque Pellizzaro Júnior.

Em setembro de 2025, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 15,07% em relação ao mesmo período de 2024. O dado observado em setembro deste ano ficou abaixo da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de agosto para setembro, o número de dívidas apresentou alta de 0,05%.

Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 17,75%, seguido de Água e Luz (14,40%), Comunicação (8,23%) e Comércio (1,08%).

 

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 66,37% do total. Na sequência, aparece Água e Luz (10,28%), o setor de Comércio com 9,39% e Outros com 8,20% do total de dívidas.

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (15,60%), seguida pelo Norte (15,31%), Sudeste (14,13%), Sul (13,97%) e Nordeste (13,15%).

Em termos regionais, o maior percentual do índice de inadimplência está na região Centro‐Oeste, onde 46,42% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 38,42% da população adulta.

 

 

 

 

“El Pollo” diz que Maduro usou verba pública para financiar Lula

 

Ex-chefe da inteligência venezuelana, Hugo “El Pollo” Carvajal” disse à Justiça dos Estados Unidos que o regime de Nicolás Maduro usou fundos públicos para financiar ilegalmente movimentos e figuras políticas de esquerda durante 15 anos. Entre os beneficiados, estaria o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

El Pollo foi extraditado para os EUA em 2023 e tem colaborado com as autoridades estadunidenses a fim de obter redução de pena. Ele é acusado de tráfico de drogas e narcoterrorismo. Carvajal admitiu ser culpado em 25 de junho de crimes ligados ao Cartel dos Sóis, durante audiência em um tribunal de Nova Iorque.

Segundo informações que constam em documento sigiloso obtido pelo portal The Objective, El Pollo teria dito ao Departamento de Justiça dos EUA:

– O governo venezuelano financia ilegalmente movimentos políticos de esquerda em todo o mundo há pelo menos 15 anos. Enquanto fui diretor de Inteligência e Contrainteligência Militar da Venezuela, recebi uma grande quantidade de relatórios selando que este financiamento internacional estava ocorrendo – assinalou.

Ainda de acordo com ele, Maduro teria usado recursos da petroleira estatal PDVSA para financiar os ex-presidentes do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Honduras: Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner, Evo Morales, Fernando Lugo, Ollanta Humala e Manuel Zelaya. O atual presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também teria sido beneficiado.

– Todos eles receberam dinheiro enviado pelo governo venezuelano – declarou o ex-general.

Além das figuras políticas, partidos como Podemos, na Espanha, e Movimento 5 Estrelas, na Itália, também teriam recebido os repasses. Somente o Movimento 5 Estrelas recebeu 3,5 milhões de euros em espécie (R$ 22 milhões, na cotação atual). A ação teria sido aprovada por Maduro à época em que ele era ministro das Relações Exteriores.

 

Conforme os relatos de El Pollo, a estratégia de apoio financeiro internacional continuou após Maduro assumir a presidência.

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