Governo Lula encerra programa de escolas cívico-militares

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi informada na segunda-feira (10) aos secretários de Educação de todo o país, por meio de um ofício do Ministério da Educação assinado pela coordenadora-geral do Ensino Fundamental, Fátima Thimoteo.

O programa foi criado em 2019 com o objetivo de melhorar a qualidade dos ensinos fundamental e médio no país, incentivando a participação de militares na gestão de processos educacionais, pedagógicos e administrativos, sem, no entanto, atuarem em sala de aula.

A decisão foi em conjunto entre os ministérios da Educação e da Defesa. Com a revogação do programa, será iniciado um processo gradual para desmobilizar os integrantes das Forças Armadas envolvidos na implementação dessas escolas, o que foi chamado de “encerramento progressivo”.

De acordo com o ofício, as escolas cívico-militares não irão fechar, mas serão reintegradas à rede regular de ensino. A medida garante o encerramento do ano letivo “dentro da normalidade necessária aos trabalhos e atividades educativas”.

– Aos coordenadores regionais do Programa e Pontos Focais das Secretarias compete zelar pela implementação de estratégias mais adequadas ao cumprimento das diretrizes emanadas da Administração Superior, bem como assegurar uma transição cuidadosa das atividades que não comprometa o cotidiano das escolas – informa o ofício.

Atualmente, 203 escolas funcionam dentro do modelo cívico-militar. Cerca de 192 mil alunos são atendidos em 23 estados e no Distrito Federal. Na época da implantação, foi repassado o valor de R$ 1 milhão para cada unidade adaptar-se ao modelo.

Quando assumiu o Ministério da Educação no atual governo, Camilo Santana chegou a dizer que o programa não era prioridade, mas que continuaria.

– O programa continua. Só não será prioridade e estratégia do MEC neste governo criar novas escolas militares. Vamos discutir com governadores e prefeitos que já implementaram o que vamos fazer com essas escolas – declarou na época.

Genial/Quaest: Desconfiança do mercado em Lula continua alta

A mais recente pesquisa Genial/Quaest sobre a avaliação do mercado financeiro a respeito da política econômica brasileira e sobre os principais personagens do universo político nacional mostrou que a desconfiança no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue bem alta. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (12).

De acordo com os dados do levantamento, 95% dos entrevistados acreditam que Lula merece pouca ou nenhuma confiança, 4% dizem confiar mais ou menos e apenas 1% confia muito. O índice negativo do petista manteve o mesmo patamar de maio, quando foi feita a última pesquisa.

Do outro lado da moeda, os personagens políticos que possuem maior grau de confiabilidade conferida pelo mercado atualmente são o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Enquanto Campos Neto tem a confiança de 72% dos entrevistados, Tarcísio tem 55% de preferência no mesmo índice.

A pesquisa também quis saber a avaliação sobre a manutenção da meta de inflação pelo Conselho Monetário Nacional, que é composto pelos titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e do Banco Central. Para 94% a decisão foi correta. A maioria (81%) aprova também a adoção do sistema de meta contínua para a inflação.

Foram realizadas 94 entrevistas com gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os dias 6 e 10 de julho. As entrevistas foram feitas online, por meio da aplicação de questionários estruturados.

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