Marc Sousa defende ‘luta legítima contra comunistas’ em 1964 e diz que militares ‘têm que ser fiadores da democracia’
Nesta quarta-feira, 31, são lembrados os 57 anos do início da ditadura militar no Brasil. Se estendendo entre 1964 e 1985, o regime durou 21 anos e foi marcado por movimentos de censura à imprensa, restrição de direitos políticos e perseguição policial aos opositores, que levaram a desaparecimentos, torturas e mortes. Recém-empossado ministro da Defesa, o general Braga Netto disse em nota que o período da ditadura serviu para pacificar o país e deve ser celebrado. Segundo o ministro, na época, as Forças Armadas tiveram desgastes para reorganizar o Brasil e garantir as liberdades democráticas que existem no país nos dias atuais. Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quarta, o comentarista Marc Sousa disse que os militares travaram uma “luta legítima contra comunistas”, mas que as Forças Armadas não foram feitas para governar um país.
“A luta legítima contra comunistas armados não faz do período militar. Os militares foram longe demais, cometeram erros e abusos. Ficaram 20 anos no poder e aconteceram excessos sim, até porque as Forças Armadas não existem para governar, não são feitas para isso. Militares servem para garantir segurança, respeitar a lei e promover paz social. A grande verdade é que os militares têm que ser os fiadores da democracia. Sem segurança não há paz social. E sem paz social não há democracia. As pessoas não podem exercer o seu direito de expressar opiniões, por exemplo, se não houver um sistema de segurança robusto e que funcione”, disse o comentarista, que continuou: “Os militares têm essa nobre missão de serem os fiadores da democracia, não governar as democracias”.