10 anos da Lava Jato: Moro diz que corrupção “voltará a ser crime”

Neste domingo (17) em que a Lava Jato completa 10 anos, o senador e ex-juiz da operação, Sergio Moro (União Brasil-PR), publicou um texto afirmando crer que a “corrupção voltará a ser crime no país”.

As declarações do parlamentar ocorreram em sua conta oficial na plataforma X.

Na publicação, Moro ainda assinalou que os “tempos sombrios” que o Brasil vive atualmente “passarão”.

– A Lava Jato vive em cada brasileiro que acredita na honestidade e no Brasil. Os tempos sombrios passarão e a corrupção voltará a ser um crime em nosso país. A verdade está do nosso lado – escreveu.

A operação revelou esquemas de corrupção envolvendo empresários e políticos, levando nomes expoentes à prisão. Entretanto, diversas das decisões da Lava Jato acabaram anuladas, sob acusação de falta de imparcialidade.

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), teceu críticas à operação neste domingo, afirmando que “ela “terminou como uma organização criminosa”.

– Na verdade, a Lava Jato terminou como uma verdadeira organização criminosa, ela envolveu-se em uma série de abusos de autoridades, desvio de dinheiro, violação de uma série de princípios e tudo isso é de todo lamentável – declarou o magistrado em entrevista à Agência Brasil.

Viagens internacionais de Lula em 2023 custaram R$ 65 milhões

As viagens internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao longo de 2023 somaram R$ 65,9 milhões de despesa aos cofres públicos. Os dados foram divulgados pelo portal Poder360 nesta segunda-feira (18) e obtidos a partir de um levantamento realizado via Lei de Acesso à Informação e pelo Portal da Transparência.

De acordo com o veículo, Lula ficou fora do país por 62 dias ao longo do ano passado. Ou seja, é como se cada dia que o petista ficou fora do país em 2023 tivesse custado ao erário cerca de R$ 1,06 milhão. Vale ressaltar que os voos bancados pela Força Aérea Brasileira (FAB), que mantém as despesas sob sigilo, estão fora do cálculo.

Das 15 viagens realizadas pelo petista ao longo do último ano, a que custou mais dinheiro aos cofres públicos foi a que teve como destino os Estados Unidos e Cuba, feita em setembro. Ao todo, o governo gastou R$ 16 milhões para que Lula fosse para a assembleia da Organização das Nações Unidos (ONU), em Nova Iorque, e para a cúpula de líderes do G77+China, em Havana.

A segunda viagem com maior custo foi o giro internacional realizado entre o fim de novembro e o início de dezembro pela Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos e Alemanha, cuja despesa foi de R$ 9,1 milhões. Na terceira colocação, ficou a viagem feita em abril de 2023 para a China e Emirados Árabes, com um total de R$ 7,8 milhões.

Especialistas dizem que Saúde distorce dados sobre dengue

Especialistas apontaram que o Ministério da Saúde, sob o comando de Nísia Trindade, tem distorcido dados a fim de atenuar a letalidade da epidemia de dengue que assola o país. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, Alexandre Naime Barbosa, apontou incoerências promovidas pela pasta.

Segundo ele, o ministério utiliza informações não aptas à comparação ao dizer que a taxa de letalidade é menos da metade do ano passado, porque tais números não levam em conta os casos prováveis, enquanto as apurações de 2023 já foram concluídas.

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No ano passado, foram 1.094 mortes por dengue confirmadas, enquanto este ano, já foram 513. No entanto, outras 903 ainda estão sob investigação.

O epidemiologista Wanderson de Oliveira, também consultado pelo jornal, reforça os argumentos de Barbosa, frisando que tais indicadores devem ser encarados com cautela, pois há muitos fatores que influenciam levando a uma falsa sensação de segurança.

– No momento atual, a prioridade deveria ser a implementação de uma força-tarefa para investigar os óbitos e compreender se as causas dessas mortes foram devido às características das pessoas ou à qualidade dos serviços prestados. Essa postagem foi muito infeliz, pois é fria e passa a impressão de que se trata de números. Para quem perdeu um ente querido, a letalidade é de 100% – disse ele, ao se referir à publicação de Nísia Trindade ao dizer que a “taxa de letalidade, em 0,3% dos casos, ainda é menos da metade do ano passado (0,7%)”.

Além disso, o anúncio de repasses contra emergências sanitárias em estados e municípios foi inflado pela pasta. Enquanto o ministério afirma que elevou a cifra para R$ 1,5 bilhão, o valor ainda não consta no orçamento.

Contatado, o ministério afirmou que tratam-se de “recursos discricionários que serão remanejados”. Um mês após o anúncio do valor, contudo, a verba repassada é de R$ 60 milhões.

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