Zambelli vai ao STF pedir que Lula seja proibido de se aproximar do Congresso Nacional

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) apresentou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o petista não possa se aproximar do Congresso Nacional. O documento enviado ao presidente da Corte, ministro Luiz Fux, solicita que a instituição adote uma medida cautelar contra Lula e que o pré-candidato à Presidência mantenha uma distância de 300 metros de qualquer deputado federal, senador ou das Casas Legislativas. “Lula incitou seus aliados a mapearem a residência dos parlamentares, inclusive indicando que as abordagens devem ser direcionadas aos familiares dos agentes políticos”, alegou a congressista.

“Que seja, desde já, determinado a Lula que se abstenha de manter contato com qualquer membro do Poder Legislativo, inclusive mantendo distância mínima destes, de sua residência, e da sede do Congresso Nacional, como medida de garantia da ordem pública. A experiência do direito comparado demonstra que um ato pode ser caracterizado como antidemocrático se forem atendidos razoável grau de certeza no sentido de que algum mal pode advir desse discurso e fortes motivos para crer na gravidade do mal a ser causado —perigo sério. Fica claro, portanto, que a conduta de Lula é caracterizada como um ato antidemocrático”, argumenta no documento.

Entenda

Zambelli utilizou as suas redes sociais nesta quarta-feira, 6, para responder as ameaças realizadas por Lula. Segundo a congressista, caso manifestantes petistas realizem protestos com o objetivo de “conversar e incomodar” sua família, serão recebidos com tiros. “Na minha casa tem pistola, e olha, mãe, se vier vagabundo ameaçar a senhora ou ao meu filho, a senhora está autorizada a pegar a pistola e meter o chumbo. Aqui vale a lei da legítima defesa. Minha mãe tem todo o dinheiro de defender a nossa família, se eu não estiver”, disse a deputada. Lula, em um evento da CUT (Central Única do Trabalhador), sugeriu aos presentes que “mapeassem o endereço de cada deputado” com o objetivo de “conversar com a mulher, com o filho e incomodar a tranquilidade” da família dos políticos. “Acho que surte mais efeito do que manifestação em Brasília”, argumentou o ex-presidente.

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