Trump alcança maioria dos delegados e é o novo presidente dos Estados Unidos

Donald Trump, do Partido Republicano, é o mais novo presidente dos Estados Unidos. O magnata, que ocupou a cadeira entre 2017 e 2021, retorna à Casa Branca depois de ter perdido o último pleito para Joe Biden. Apesar da disputa acirrada com Kamala Harris, ele conseguiu superar a vice-presidente norte-americana e candidata do Partido Democrata. Para vencer às eleições nos Estados Unidos, um candidato precisa alcançar 270 delegados dos 538, ou seja, ele pode até perder no voto popular, mas levar a eleição porque conseguiu mais colégios eleitorais. Trump, porém, venceu no colégio eleitoral e ainda abocanhou a maioria dos votos dos eleitores.

Desde o anúncio de sua candidatura, o republicano chegou a ficar bem à frente nas pesquisas quando o candidato democrata era Biden, mesmo depois da condenação por fraude e por comprar o silêncio de uma atriz pornô. O atentado que sofreu em julho durante um comício em Butler, no estado da Pensilvânia, solidificou sua imagem de pessoa forte e resiliente. Trump ficou ferido na orelha direita, ao ser alvejado por tiros disparados por um homem que estava em um telhado. Em setembro, o bilionário voltou a ser alvo de outra tentativa de assassinato em seu campo de golfe na Flórida.

Quando o atual mandatário desistiu de concorrer a reeleição, e Kamala Harris foi indicada no lugar, a disputa foi ponto a ponto. A entrada na corrida eleitoral desta mulher negra, de ascendência sul-asiática, ex-promotora e quase 20 anos mais jovem que Donald Trump, mexeu as fichas no tabuleiro político americano. Trump volta ao poder em meio a uma série de problemas com a Justiça, incluindo uma investigação federal sobre a invasão à Casa Branca que poderia culminar em sua prisão.

Nas eleições deste ano, Trump buscou o apoio de Nova York, que há 40 anos não consagra o Partido Republicanos. Não consegui, mas teve votação expressiva no tradicional reduto democrata. Em sua proposta de governo, ele promete intensificar o combate a imigração ilegal, tirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, cessar o apoio militar à Ucrânia, mas manter o apoio para Israel e retomar novo acordo nuclear com o Irã.

 

 

 

 

Em discurso, Donald Trump agradece Elon Musk: “Gênio”

Durante o discurso em que se declarou vitorioso nesta quarta-feira (6/11), por volta das 4h40 (horário de Brasília), para apoiadores em Mar-a-Lago, Flórida, Donald Trump agradeceu o bilionário Elon Musk pela ajuda em sua campanha. Segundo Trump, Musk é um gênio.

“Quando tivemos o furacão Helene, que atingiu especialmente a Carolina do Norte, e eles me disseram que precisaram da ajuda da Starlink, eu liguei para ele [Musk] e perguntei o que era aquilo. Ele disse que era de um sistema de comunicação e perguntei se ele conseguia fazer algo. Ele chegou lá com rapidez e ajudou muitas pessoas. Temos que proteger os nossos gênios, temos um aqui um deles”, disse Trump.

O discurso do republicano aconteceu antes mesmo da vitória ser oficialmente confirmada. Durante o evento, Trump tinha 267 delegados, dos 270 necessários para a eleição. No entanto, as pesquisas e emissoras de imprensa já o projetavam como o 47º presidente dos Estados Unidos.

Trump enalteceu o empresário dono da Tesla, SpaceX e do X, por seus feitos tecnológicos. “Ele enviou um foguete, que tem uma altura de 22 andares, e eu o vi descer, subir, se virar, vi quando se partiu. E só o Elon consegue fazer isso. Eu perguntei se mais alguém conseguia fazer aquilo, a China ou outro país, mas ele disse que não, por isso eu te amo, Elon”, disse o republicano.

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