Terminal Intermodal Jundiaí (TIJU) pode se tornar REDEX e contribuir com o maior porto da América Latina
Durante a 9ª Feira Internacional de Logística – Brasil Log 2024, o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, apresentou o plano de investimento do Porto de Santos, o maior da América Latina e um dos principais do mundo. Os investimentos no porto também influenciarão o Terminal Intermodal Jundiaí (TIJU). Segundo Pomini, doze projetos estratégicos integram o Plano de Investimentos do Porto de Santos, que deve ser implantado de 2024 a 2028, totalizando R$ 10,6 bilhões, sendo R$ 6 bilhões provenientes do governo federal, R$ 3,6 bilhões do governo de São Paulo e R$ 1 bilhão do setor privado.
Desde sua entrada em operação em 2018, o TIJU aumentou em 300% o volume transportado de contêineres. A expectativa para 2024 é bater um recorde de movimentação, com 50 mil contêineres transportados, um aumento de 20% em relação a 2023. “Jundiaí é um polo logístico intermodal. Os investimentos que serão realizados no Porto de Santos impactarão todo o mercado, e estamos preparados para atender, pois contamos com o TIJU, que, passando a atuar como um espaço de despacho aduaneiro, facilitará as exportações das empresas da região”, comenta o gestor da Unidade de Gestão de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (UGDECT), Sami Mansour.
Um dos projetos contemplados é a construção do túnel ligando Santos a Guarujá, que demandará R$ 5,8 bilhões desse montante, um aporte a ser dividido entre os governos federal e do Estado de São Paulo. Os recursos federais virão do Orçamento Geral da União e do caixa da APS. A transferência do terminal de passageiros (Giusfredo Santini) para o Valongo envolverá recursos federais e privados da ordem de R$ 1,4 bilhão.
A Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS) será o terceiro maior projeto, recebendo recursos da ordem de R$ 1 bilhão. O projeto aumentará a capacidade de transporte de cargas por ferrovia de 50 milhões de toneladas por ano para 115 milhões, alinhando-se à mudança no Terminal Intermodal Jundiaí (TIJU), que passará a ser um REDEX – Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação. Ou seja, quando aprovado, as cargas sairão de Jundiaí desembaraçadas para embarcar para exportação no Porto de Santos. “Esse projeto está em andamento, aguardando licença de operação da CETESB, que deve sair em breve”, explicou o Diretor de Fomento da Prefeitura de Jundiaí e de Infraestrutura Logística do CIESP Jundiaí, Gilson Pichioli.
A iniciativa do TIJU se transformar em REDEX tem o apoio da Prefeitura de Jundiaí e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP Jundiaí) e foi elogiada por Pomini. “Essa ação está alinhada com o plano de melhorias do Porto de Santos, que também visa reduzir o número de caminhões ou a permanência deles no porto”, afirmou Pomini.
Outros investimentos
O presidente da APS comentou que, no plano de melhorias, está o aprofundamento para 16 metros do canal de navegação do porto. Serão investidos R$ 324,1 milhões na dragagem ao longo de 5 anos. Outros R$ 600 milhões serão destinados à construção da segunda etapa da avenida perimetral do porto em Guarujá (margem esquerda).
O idealizador da Brasil Log, Adelson Lopes, recebeu a equipe da APS com satisfação e antecipou o convite para participarem com estande na 10ª Brasil Log, que deve acontecer em 2025. A Brasil Log termina nesta sexta-feira (24), e acontece das 12h às 20h no Parque da Uva. Ainda dá tempo de se inscrever nas palestras. A entrada é gratuita, mas é necessário o credenciamento no site www.feiradelogistica.com.
A Brasil LOG teve sua primeira edição em 2010, passando de bienal para anual após o sucesso de 2023, que gerou R$ 10 milhões em negócios entre expositores, visitantes e Rodada de Negócios. Este ano, a expectativa é alcançar R$ 15 milhões.