‘Temos que respeitar autonomia dos médicos ou nos consultar com o William Bonner?’, questiona Bolsonaro
Durante um evento com líderes religiosos realizado na tarde desta terça-feira, 5, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar sobre a utilização de remédios para tratar a Covid-19. Em seu discurso, Bolsonaro disse que “não se furtou” de falar sobre o tema durante a Assembleia-Geral da ONU e disse respeitar a autonomia médica. “Eu não me furtei de falar na ONU, para o mundo, de tratamento precoce. Não me furtei de dizer na ONU que deveríamos respeitar a autonomia do médico. Ou temos que nos consultar com William Bonner e os três patetas da CPI?”, afirmou Bolsonaro, se referindo aos senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL). “Tem gente que fala que não tem comprovação científica. Tá bom, então você recomenda o quê? Não tem o que recomendar. Grandes remédios foram descobertos por acaso”, continuou o presidente.
Em outro momento, Bolsonaro disse que o mundo está pagando o preço pelos lockdowns realizados durante períodos mais duros da pandemia e que, desde que o vírus começou a se espalhar, alertou que a não poderia deixar a economia para depois. “Estamos no fim de uma pandemia, graças a Deus. Mas estamos pagando o preço do ‘fica em casa, a economia a gente deixa para depois’. Está o mundo todo pagando isso. Desde o começo falei que a economia não tem que deixar para depois não, porque a fome também mata. O mundo sofrendo com isso […]Somos um dos cinco países que menos estão sofrendo com a questão da economia”, disse Bolsonaro. O discurso foi transmitido durante o programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta terça.