SP reforça estoque de medicamentos e insumos na rede de saúde devido à piora da qualidade do ar

O Governo de São Paulo adotou medidas para garantir o estoque de medicamentos e insumos, como o oxigênio, nas unidades de saúde, diante do cenário de tempo seco, alta ocorrência de incêndios e piora na qualidade do ar. A Secretaria de Estado da Saúde reforçou a aquisição dos materiais e intensificou as orientações em saúde.

A Pasta mantém monitoramento contínuo dos estoques e insumos e todas as unidades de saúde para garantir o abastecimento. Para a população, a hidratação continua sendo a recomendação mais importante para preservar a saúde. Os cuidados devem ser redobrados em todas as faixas etárias.

 

No entanto, idosos, gestantes e crianças precisam aumentar o consumo de água, assim como lactantes de bebês em amamentação exclusiva. Pacientes com doenças crônicas devem reforçar a atenção com o tratamento.

“É fundamental que pessoas já diagnosticadas com problemas respiratórios, não deixem de seguir as orientações indicadas pelo seu médico”, reforça Eleuses Paiva, secretário de Estado da Saúde.

O paciente que já possui indicação de utilizar bombinha em momentos de crise, deve começar a utilizar neste momento. Manter os ambientes com umidade e temperatura adequados é um ponto de atenção para a população. Baldes e bacias com água podem ser utilizados. E umidificadores e climatizadores precisam ser limpos e ter os filtros trocados periodicamente.

As atividades físicas não devem ser realizadas em áreas externas. O uso de máscara em áreas de queimadas pode ser adotado como medida de reforço à proteção da saúde.

 

 

 

 

MapBiomas: Queimadas em 2024 são mais que o dobro de 2023

As áreas queimadas no Brasil entre janeiro e agosto de 2024 já ultrapassam o dobro das registradas no mesmo período de 2023. Os dados do Monitor do Fogo, elaborado pela organização MapBiomas, foram divulgados na manhã desta quinta-feira (12).

O levantamento mostra que, neste ano, foram queimados 11,39 milhões de hectares, o que representa um aumento de 6 milhões de hectares, ou 116%, em relação ao ano anterior.

De acordo com o estudo, quase 70% das áreas queimadas corresponderam a vegetação nativa. A maior concentração de queimadas ocorreu na região Centro-Oeste, com três estados respondendo por 52% da área total queimada entre janeiro e agosto.

O Mato Grosso lidera o ranking, com 21% da área queimada no Brasil, totalizando 2,3 milhões de hectares. Em seguida estão Roraima, com 1,99 milhão de hectares (17% do total), e Pará, com 1,56 milhão de hectares (14% do total).

O município que mais registrou queimadas no país foi Corumbá (MS), com 616.980 hectares, localizado na região do Pantanal sul-mato-grossense. As cidades de São Félix do Xingu (PA) e Amajari (RR) seguem na lista, com 277.951 hectares e 250.949 hectares queimados, respectivamente.

O estudo também destaca que agosto foi o mês mais crítico do ano, respondendo por quase metade (49%) da área total queimada no Brasil desde janeiro, com 5,65 milhões de hectares queimados. Esse número equivale ao tamanho do estado da Paraíba, que tem 5,6 milhões de hectares. Em comparação com agosto de 2023, houve um aumento de 149%.

Agosto de 2024 foi o pior da série histórica do Monitor do Fogo, iniciada em 2019. As pastagens foram responsáveis por 24% da área queimada em agosto, destacando-se como a principal área de uso agropecuário afetada.

O estado de São Paulo apresentou o maior aumento nas queimadas em agosto, comparado ao mesmo mês de 2023. Neste ano, a área queimada em São Paulo nos primeiros oito meses foi de 430 mil hectares, um incremento de 356 mil hectares em relação à média dos anos anteriores, representando um aumento de 2.510%.

 

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