SP estuda criar fase mais restritiva que a vermelha para conter Covid-19

Ideia é aventada pelo Centro de Contingência do governo paulista; apesar da possibilidade, autoridades da Saúde esperam que medidas anunciadas nesta semana surtam efeito.

Diante do agravamento da pandemia do novo coronavírus no Estado de São Paulo, o Centro de Contingência do governo paulista avalia a criação de uma fase mais restritiva que a vermelha para conter a Covid-19, apurou a Jovem Pan com integrantes do comitê. A discussão ganha corpo no momento em que a administração do governador João Doria (PSDB) anuncia medidas mais rígidas, como o toque de restrição que está em vigor em todo o estado, entre as 23h e 5h, para evitar o colapso do sistema de saúde.

Os médicos que compõem o Centro de Contingência ainda discutem quais indicadores poderiam levar uma região a esta fase mais restritiva e o que poderia, ou não, funcionar. Na fase vermelha, apenas estabelecimentos considerados essenciais podem funcionar, como supermercados, farmácias e postos de gasolina. Segundo relatos feitos à Jovem Pan, há, inclusive, a possibilidade de se restringir o funcionamento destas atividades. Apesar do endurecimento do Plano São Paulo ser estudado, as autoridades esperam que as medidas anunciadas ao longo desta última semana surtam efeito nos próximos dias.

Na sexta-feira, 26, o governador João Doria reclassificou seis regiões do Estado – a Grande São Paulo e as regiões de Campinas, Sorocaba e Registro foram da fase amarela para a laranja. Marília e Ribeirão Preto, por outro lado, saíram da laranja para a vermelha. A reclassificação entra em vigor nesta segunda-feira, 1º.

Até o sábado, 27, São Paulo registrou 59.428 óbitos e 2.037.267 casos confirmados durante toda a pandemia. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 71,6% na Grande São Paulo e 71,1% no Estado. O número de pacientes internados é de 15.517, sendo 8.506 em enfermaria e 7.011 em unidades de terapia intensiva. Na quarta-feira, 24, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes, afirmou que o sistema de saúde poderia colapsar em três semanas caso não fossem adotadas medidas mais restritivas neste momento.

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