‘Senadores querem pegar Bolsonaro, CPI foi criada para isso’, diz Fiuza sobre notícia-crime

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira, 28, que não tem “como saber o que acontece nos ministérios”. A declaração ocorreu na saída do Palácio do Alvorada durante conversa com apoiadores, na qual comentou o caso da compra da vacina Covaxin. O processo de aquisição do imunizante indiano, fabricado pela Bharat Biotech, entrou na mira da CPI da Covid-19 nos últimos dias e se tornou o principal foco da investigação da comissão, sobretudo, após o depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, Luis Ricardo, chefe de importação do Ministério da Saúde, ao colegiado, na sexta-feira, 25. “Eu recebo todo mundo. Ele que apresentou, eu nem sabia da questão, de como estava a tratativa da Covaxin, porque são 22 ministérios. Só o ministério do Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), tem mais de 20 mil obras. Do Tarcísio (Infraestrutura), não sei. Tem uma dezena, uma centena de obras. Não tem como saber. O da Damares, da Justiça, o da Educação. Então, eu não tenho como saber o que acontece nos ministérios, vou na confiança em cima de ministros e nada fizemos de errado. Os caras botam a narrativa”, afirmou Bolsonaro.

Ainda nesta segunda-feira, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid-19Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Fabiano Contarato (Rede-ES) protocoloram uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF), na qual pedem a investigação do presidente por suposto crime de prevaricação. A ministra Rosa Weber será a relatora do caso. O comentarista do programa Os Pingos Nos Is Guilherme Fiuza falou sobre a queixa apresentada ao STF, dizendo que os senadores querem “pegar Bolsonaro” e que a CPI da Covid-19 foi criada para isso, citando a diferença de tratamento entre testemunhas favoráveis e contrárias ao presidente. “Eles querem pegar o Bolsonaro. A CPI é para isso. Nós sabemos, nós percebemos. O bom entendedor e o médio entendedor já perceberam isso. Eles fazem palanque aqui. Eles gritam e tratam mal, aos pontapés, pessoas que não vão falar mal do governo e conseguem trazer elegância para dar espaço a quem vem detonar o governo. A gente viu depoentes falando sobre 400 mil mortes que poderiam ter sido evitadas se fizessem o processo certo. Eu considero isso uma afronta a todos, às pessoas que sofrem, sofreram e às vítimas dessa tragédia”, disse Fiuza, que continuou: “A base para uma notícia-crime não está dada. O que nós temos é uma fonte, um deputado, que era aliado ao governo, passou para outra posição”.

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