Semil e Consema iniciam audiências públicas para debater eixo norte do trem Intercidades

Uma série de audiências públicas sobre o projeto do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte foi iniciada na terça-feira (6), em Campinas, no Teatro Bento Quirino. Organizados pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) e pela Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), os encontros são etapas obrigatórias para a emissão do licenciamento ambiental e têm como objetivo debater com a população possíveis impactos e coletar sugestões para o projeto.

Nesta quinta-feira (8), na Escola Estadual Doutor Antenor Soares Gandra, em Jundiaí, sediou mais uma etapa e, no dia 15, será no Teatro Plínio Marcos, em São Paulo. Todas iniciam às 17h e têm transmissão ao vivo pelo canal da Semil no YouTube. As sessões permanecem gravadas e podem ser assistidas posteriormente.


O TIC Eixo Norte terá 101 km entre São Paulo e Campinas, passando por Jundiaí, atendendo 730 mil pessoas por dia. O projeto vai resgatar a rede de trens que já existiu nestas cidades e desafogar o transporte rodoviário, além de propiciar mais conforto e segurança para os usuários. Todo o conjunto de intervenções vai demandar investimentos de R$13,5 bilhões, oriundos de uma parceria entre o Governo do Estado e a empresa vencedora do leilão, programado para ocorrer no dia 29 de fevereiro. A projeção é que as obras dos três serviços sejam concluídas até 2031.


Detalhamento – As intervenções apresentadas na audiência pública são divididas em três etapas: a Segregação do Transporte de Cargas (SNO) entre a Estação Barra Funda (SP) e Jundiaí; o Trem Intermetropolitano (TIM), ou “trem parador”, e o TIC em si, um trem expresso de média velocidade (até 140 km/h), partindo da Barra Funda.

Atualmente, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) mantém a Linha 7 Rubi, com viagens voltadas para trens de carga durante a manhã e à tarde. A limitação de horários compromete o transporte e sobrecarrega a manutenção do sistema e as intervenções devem iniciar com a construção de uma linha exclusiva para cargas até Jundiaí, paralela à Linha 7, liberando espaço para a construção do TIC. Os ganhos apontados na audiência são a elevação da capacidade de carga e maior número de viagens; a diminuição dos intervalos nos trens para passageiros; a melhoria da segurança do sistema, já que não haverá troca das composições de carga e de passageiros, e a redução do custo de manutenção.


Já o trem Intermetropolitano terá 44 km de extensão e ligará Jundiaí e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos. O percurso será feito em 33 minutos, velocidade média de 80 km/h, superior aos 56 km/h médios do metrô. Os trens terão capacidade para até 2.048 passageiros cada. A tarifa terá um teto de R$15,00 entre Jundiaí e Campinas, com custo variável para os outros municípios, de acordo com a distância viajada. Além disso, as 17 estações já existentes da Linha 7 da CPTM entre a Barra Funda e Jundiaí também receberão melhorias. A projeção atual é que a linha receba até R$ 5 bilhões em investimentos nos próximos anos. Já o TIC vai integrar as regiões metropolitanas de São Paulo (a partir do Terminal Barra Funda), Jundiaí e de Campinas com viagens de apenas 1h04, com 15 minutos de intervalo entre os trens. A velocidade média será de 95 km/h, podendo chegar a 140 km/h em alguns trechos. Cada trem poderá levar até 860 passageiros e o teto da tarifa foi estipulado em R$64,00.

Serviço

Audiência pública 

  • São Paulo: 15 de fevereiro de 2024, 17h
    CEU Pêra-Marmelo – Teatro Plínio Marcos, Rua Pêra Marmelo, 226 – Jardim Santa Lucrécia – Jaraguá

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