São Paulo: Governo diz que greves contra privatizações são ilegais
Trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp organizam para esta terça-feira (3) uma greve geral contra os planos de privatização do governo de São Paulo. Por causa disto, o poder executivo estadual se manifestou sobre o assunto criticando a decisão dos sindicatos.
Em nota, o Palácio do Bandeirantes declarou que “esta é uma greve ilegal e abusiva, a qual torna refém a população que precisa do transporte público”.
– É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão – diz trecho da nota.
O governo diz que a atuação não visa reivindicar melhorias para os trabalhadores, mas “se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas”.
– O programa estadual de parcerias, concessões e desestatizações visa a melhoria na prestação dos serviços públicos aos cidadãos e está totalmente amparado pelas leis brasileiras. Assim, ao chantagear a população com greves ilegais, os sindicatos atentam não só contra a legislação vigente, mas também à ordem pública e ao aprimoramento das políticas públicas – diz o documento.
Uma das propostas de campanha do governador Tarcísio de Freitas é fazer privatizações; entre as empresas estão o Metrô, CPTM e a Sabesp. Desde que assumiu o governo, Tarcísio já adiantou algumas etapas contratando estudos de viabilidade técnico-financeira para avaliar essas negociações.
– A esfera de debate para privatização são as audiências públicas e não por meio da ameaça ao impedimento do direito de ir e vir do cidadão. É por meio do processo de escuta de diálogo das desestatizações que os sindicatos contrários devem se manifestar, de forma democrática, convencendo atores políticos e a própria sociedade de que a proposta do Governo de São Paulo não é a ideal.