Procura por cursos EAD cresce 156% durante a pandemia, aponta Sebrae-SP

Em 2019, 98 mil pessoas fizeram capacitações online da entidade; nesse ano, o salto foi para 250 mil particicpantes.

Mesmo com as dificuldades, a pandemia intensificou a busca por ajuda e conhecimento por parte dos empreendendores e donos de pequenos negócios. É o que mostra o Sebrae-SP. Segundo a entidade, a procura por consultorias a distância triplicou: de 3.400 em 2019 para 10.500 em 2020. A diretora comercial de uma fábrica de produtos a base de cocada, Vanessa Abreu conta que a empresa fez a consultoria e viu bom resultado. Em abril, um dos períodos mais críticos das restrições, nenhuma venda foi feita. Já em dezembro, foram vendidas 160 mil cocadas. “Nós avaliamos não só a parte comercial, como a parte financeira, parte de produção. Passamos por programas EDA, por consultorias financeiras e o que mais nos agradou foi o resultado que nos trouxe. O resultado foi de mudança de identidade visual, um cenário nacional com mais perspectiva, mudança de público, mudança de novos cenários.”

Em 2019, 98 mil pessoas fizeram as capacitações online do Sebrae. Nesse ano, o salto foi para 250 mil participantes, o que representa um aumento de 156%. De acordo com o diretor superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit, o tema “Legislação aplicada aos pequenos negócios” lidera o ranking de cursos mais procurados, seguido de marketing e vendas. “Nós temos certeza que ajuda até para a saúde mental, em um momento de tantos problemas, de reflexão, os cursos ajudam para que você repense a sua vida, repense a sua capacidade empreendedora. Todo mundo tem vontade de ter o próprio negócio e o futuro do emprego vai mudar. Seremos muitos microempreendedores individuais que vão gerar os empregos que o Brasil precisa”, explica. A pesquisa Indicadores do Sebrae-SP entrevistou os donos das micro e pequenas empresas paulistas para saber as expectativas para os próximos meses. Para 47% deles, os próximos seis meses devem ser de faturamento estável. Outros 34% estão otimistas e esperam alta na receita. Já 8% aguardam piora e 11% não sabem.

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