Prestação de serviço cai 0,6% em setembro e interrompe sequência de 5 meses de alta

prestação de serviço caiu 0,6% em setembro, na comparação com agosto, e interrompeu a sequência de cinco meses seguidos de resultados positivos, segundo dados divulgados na última sexta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do recuo, o setor registrou alta de 11,4% desde janeiro — o mesmo resultado na comparação com setembro de 2020. Em 12 meses, a prestação de serviços avançou 6,8%, o maior registro da série histórica, iniciada em dezembro de 2012. Com o resultado, o setor ainda ficou 3,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro do ano passado, mas está 8% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. Na taxa móvel trimestral, o setor de serviços cresceu 0,3% na comparação ao período encerrado em agosto, mantendo a trajetória de alta iniciada em julho do ano passado.

Das cinco categorias pesquisadas pelo IBGE, quatro tiveram desempenho negativo. O destaque ficou com os transportes, com queda de 1,9%, o pior saldo desde abril do ano passado. Segundo a pesquisa, o resultado é reflexo do encarecimento das passagens aéreas, que registraram alta de 28,2% no mês. As outras atividades que recuaram no período foram outros serviços (-4,7%), informação e comunicação (-0,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%). “A queda do setor de serviços se deu de maneira relativamente disseminada. Quando observamos por segmentos, as principais pressões negativas vieram, além do transporte aéreo de passageiros, de serviços financeiros auxiliares, investigado dentro de outros serviços, e de telecomunicações, dentro do setor de serviços de informação e comunicação”, afirma o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. Os serviços prestados às famílias foi o único com saldo positivo, com alta de 1,3% — o sexto mês seguido de crescimento. O segmento foi o mais impactado pelas restrições impostas para conter a disseminação da Covid-19 em 2020 e 2021. Mesmo assim, o setor está 16,2% abaixo do patamar pré-pandemia. “Com o avanço da vacinação e a flexibilização das atividades econômicas, as pessoas voltam a consumir com maior intensidade serviços de alojamento e alimentação”, afirma Lobo.

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