PM de São Paulo passa a contar com mais 490 submetralhadoras
Nesta quinta-feira (19), o governador Rodrigo Garcia (PSDB) entregou 490 submetralhadoras calibre .40 para a Polícia Militar (PM). O objetivo, segundo a gestão estadual, é reforçar as ações de combate à criminalidade no estado, principalmente na capital.
Pré-candidato à reeleição, Garcia tem investido em ações na área da segurança pública desde que assumiu o cargo, em abril deste ano. Além de trocar os comandos das polícias Civil e Militar, o governador lançou recentemente a Operação Sufoco, que visa combater a alta de roubos e furtos no estado.
Cada submetralhadora custou 2.950 dólares (cerca de R$ 14 mil), segundo informou o governo estadual. O próximo lote, com 560 armas, chega no dia 22 de maio ao comando da corporação. Estão previstas ainda outras entregas para junho e agosto.
O governo de São Paulo informou que, no total, a PM contará com o reforço de 2.456 submetralhadoras, adquiridas por meio de licitação internacional. A ganhadora foi a empresa suíça B&T, que fabricou os armamentos em uma unidade nos Estados Unidos.
Compatível com a Glock g22, armamento já usado pela Polícia Militar de São Paulo, o armamento tem capacidade de 22 tiros em cada carregador. Segundo o governo do Estado, antes da entrega, as armas passaram por intensa avaliação, como testes de 10 mil disparos em quatro armas sem troca de peças e disparos a 25 metros do alvo.
Paralelamente, o emprego de armas de choque cresceu substancialmente em ações da PM de São Paulo no último ano. Em 2021, os gatilhos desse tipo de armamento foram acionados 344 vezes, ante a 112 ocorrências de 2020 e a 27 de 2019. Os dados refletem uma tendência impulsionada pela aquisição de mais equipamentos, que devem chegar a 13 mil em São Paulo até o fim do ano. As chamadas tasers, no entanto, não substituem as armas de fogo em determinadas situações de confronto.
Levantamento do Estadão aponta que os roubos cresceram 7,45% no estado na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado. Na capital, a alta foi maior: 10,45%. Os crimes cresceram mais nas áreas centrais e bairros nobres da cidade.
Como consequência, moradores de São Paulo têm optado por manter um celular extra em casa, onde deixam os principais aplicativos como o Pix. Após sua popularização, a ferramenta de pagamento instantâneo do Banco Central passou a ser usada por criminosos para desviar dinheiro após o roubo de celulares. Diante desse cenário, o governo lançou a Operação Sufoco, que, entre outras ações, dobrou o efetivo policial na capital paulista.