PIB do Brasil cresce 1,2% no 1º trimestre, e economia volta ao patamar pré-pandemia

Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre, na comparação com os três últimos meses de 2020, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,048 trilhões. Este foi o terceiro resultado positivo na comparação com o trimestre imediatamente anterior, mas aponta a desaceleração das atividades. Nos últimos três meses de 2020, o PIB registrou alta de 3,2%, enquanto a economia expandiu 7,8% no terceiro trimestre do ano passado, segundo dados revisados pelo IBGE. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, o PIB registrou avanço de 1%, o primeiro resultado positivo após quatro períodos negativos. A expansão da economia brasileira veio dos resultados positivos na agropecuária (5,7%), na indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%). “Mesmo com a segunda onda da pandemia de Covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, já que, diferente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”, avalia a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

O resultado veio acima das previsões dos analistas, que passaram a revisar para cima a perspectiva para a recuperação da economia brasileira depois do tombo de 4,1% registrado em 2020. O recrudescimento da pandemia do novo coronavírus a partir de fevereiro foi menor do que o esperado, segundo dados da atividade econômica divulgados nos últimos meses, e agentes do mercado passaram a ver o PIB encerrando 2021 com alta de até 5%. Ao contrário da primeira onda da Covid-19, que forçou o fechamento total de comércios e indústrias, além de restringir a circulação de pessoas, a piora da crise sanitária no fim do primeiro trimestre deste ano — apesar do crescimento do recorde no número de mortos e infectados —, não afetou diretamente a recuperação econômica observada desde o segundo semestre de 2020. “A queda dos indicadores veio com uma intensidade menor do que o esperado, ao mesmo tempo que tivemos o fortalecimento da indústria com a reposição de estoques e a com a produção voltada para as exportações”, afirma Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos (Acrefi).

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