Pesquisa VERITÁ mostra que Bolsonaro já virou

O levantamento do Instituto Veritá, realizado por iniciativa própria, divulgado neste domingo (16) mostra o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 51,2% dos votos válidos. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com apenas 48,8% das intenções de votos válidos na disputa do segundo turno da eleição.

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 15 de outubro e ouviu 5.528 eleitores. O nível de confiança é 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral é BR-04850/2022.

Bolsonaro critica Lula por não ter transferido Marcola, do PCC

Planalto, neste domingo (16), o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocaram acusações sobre envolvimentos com o tráfico de drogas e milícia.

O embate começou após Bolsonaro questionar o petista sobre a não transferência de Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), para um presídio de segurança máxima durante a gestão de Geraldo Alckmin (PSB), hoje candidato a vice de Lula, no estado de São Paulo.

– Chega de mentira, vamos passar para outro assunto aqui. Em 2006, 59 policiais foram executados aqui no estado de São Paulo. E por que isso? Porque teriam que transferir o Marcola para um presídio de segurança máxima. (…) O seu governo não transferiu o Marcola. Pelo que tudo indica, fez um acordo com o Marcola e com seu [Geraldo] Alckmin, que era governador de São Paulo naquele tempo. (…) Teve que eu chegar, em 2019, juntamente com o ministro Sergio Moro para que nós, então, tirássemos o Marcola de um presídio estadual aqui em São Paulo e mandássemos para um presídio federal, num regime todo especial sem qualquer comunicação com o mundo exterior. Rapidamente, começou a cair o número de mortes violentas em nosso país. Por que você não transferiu o Marcola, em 2006, já que tinha um pedido do MP estadual para fazer isso? Era simpatia, amizade ou um grande acordo, naquele momento juntamente com o seu atual vice, Geraldo Alckmin? – questionou Bolsonaro.

O petista respondeu dizendo que o adversário é “amigo dos milicianos”.

– O candidato sabe que quem cuida de crime organizado não sou eu. (…) Cinco prisões de segurança máxima foram feitas no meu governo. E se o Alckmin não quis transferir, é porque ele tinha razão para não transferir. (…) Os bandidos você sabe onde tá. (…) Acha que os grandes bandidos estão na favela. Os grandes bandidos estão em lugar dos ricos. Os pobres são trabalhadores – falou Lula.

Bolsonaro rebateu, dizendo que Lula teve maior votação no primeiro turno em presídios e citando a visita do petista ao Complexo do Alemão, no Rio, na semana passada.

– Seu Lula, amizade com bandido. Eu conheço o Rio de Janeiro. O senhor esteve no Complexo do Salgueiro. Não tinha nenhum policial ao seu lado, só traficante. (…) E quando a gente volta para o Marcola, o Marcola foi flagrado, teve ligação telefônica grampeada, e ele diz ali… chama o senhor de um palavrão, que eu não vou falar aqui, e diz que prefere o senhor do que a mim. Essa é a verdade. Fazer presídio e deixar os amigos soltos, em outro presídio comandando o crime, isso é um crime, seu Lula – disse o chefe do Executivo.

Em seguida, o petista afirmou que não foi votado nos presídios.

– Eu não fui votado nos presídios. Eu fui votado pelo povo brasileiro. Eu tenho 6 milhões de votos a mais que você, com toda essa gastança que você fez. (…) Eu sou o único candidato à Presidência da República que tem coragem de entrar numa favela sem colete de segurança. E não é agora não. Quando eu era presidente, eu entrava, no Rio de Janeiro. E as pessoas falavam: “Vai com cuidado” – argumentou.

Bolsonaro exalta Moro após debate: “Um dos responsáveis pelo ressurgimento do Brasil”

O senador eleito pelo Paraná nas eleições de 2022, Sergio Moro (União), subiu ao palco do debate presidencial da Band para dar conselhos a Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (16).

Ao lado de Moro e Bolsonaro, estavam o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, os dois principais articuladores da campanha do mandatário à reeleição.

A reaproximação entre o ex-juiz e o chefe do Executivo aconteceu logo após o 1º turno. Conforme noticiado por este jornal digital, Moro ligou para Bolsonaro e os dois selaram a paz. Também decidiram unir forças para derrotar Lula (PT) no 2º turno.

Assim que o debate terminou, durante entrevista a repórteres, o presidente afirmou estar confiante na vitória em 30 de outubro e exaltou a figura do ex-magistrado durante a força-tarefa da Lava Jato.

“Está aqui ao meu lado o Sergio Moro, que é um exemplo vivo do que foi a Lava Jato. Ele tem falado do que realmente aconteceu aquela época, eu acompanhei. Ele [Moro] é um dos responsáveis pelo ressurgimento do Brasil “, declarou.

“A gente acredita que a Lava Jato volte a ser uma realidade num futuro próximo para o bem do Brasil”, finalizou Bolsonaro, dizendo que “mais do que os indecisos”, ele procurou convencer “quem está do outro lado [de Lula] de forma enganosa, que são os mais pobres”.

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