‘Muitas narrativas foram por água abaixo’, diz Constantino após depoimento de Pazuello na CPI
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, depôs à CPI da Covid-19 nesta quarta-feira, 19. Durante a sessão, ele se isentou de responsabilidade pela falta de oxigênio em Manaus, capital do Amazonas, no começo do ano, e declarou não ter conhecimento de mal uso da verba federal destinada a Estados e municípios. Quando o assunto da CPI foi para as negociações do governo com a Pfizer, houve confusão entre Pazuello e senadores. No fim da tarde, o ex-ministro foi socorrido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). De acordo com o parlamentar, o general do Exército teve uma “síndrome do vasovagal”, ou seja, uma perda transitória de consciência causada pela diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. A sessão foi encerrada, e o depoimento será retomado amanhã, às 9h30. Na saída do Senado, porém, Pazuello negou aos jornalistas que tenha passado mal. “Não houve nada disso”, afirmou.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quarta-feira, 19, o comentarista Rodrigo Constantino disse que o depoimento do ex-ministro fez com que muitas narrativas da oposição fossem por água abaixo. “Dia difícil para quem vive só de narrativas. A primeira grande narrativa que foi derrubada pela mídia militante foi a de que o ex-ministro Pazuello tinha recorrido à Justiça para ter um habeas corpus preventivo porque era um covarde e ficaria calado. Ele respondeu todas as perguntas e depois a militância começou a achar que ele falava demais. Pediram para ele ser mais conciso, responder ‘sim’ ou ‘não’, enquanto as perguntas eram carregadas de premissas falsas e narrativas, com ele tentando contextualizar e dando respostas abrangentes. Isso parece que incomodou muito aqueles que estão preocupados em palanque”, afirmou Constantino, que continuou: “Muitas narrativas foram por água abaixo hoje”.