Ministério da Saúde assina contrato para aquisição de 54 milhões de novas doses da CoronaVac
A compra da remessa extra de imunizantes já estava acertada desde o final de janeiro, após pressão de deputados, partidos e governadores
Cerca de duas semanas após a confirmação de que compraria mais 54 milhões de doses da vacina Coronavac contra a Covid-19, o contrato entre o Ministério da Saúde e a Fundação Butantan foi assinado na noite da última segunda-feira, 15. Dessa forma, com os outros 46 milhões de imunizantes desenvolvidos pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac já contratados, o governo federal terá 100 milhões de doses da vacina para distribuir aos estados ao longo do ano até setembro. “Enviamos o contrato à Fundação na quinta-feira passada e trabalhamos no Ministério todo o final de semana, e sem feriado também, esperando o contrato assinado”, informou o Secretário Executivo, Elcio Franco. Conforme o contrato, o Ministério da Saúde poderia confirmar a aquisição da nova remessa de vacinas até 30 maio, porém, após pressão de deputados, partidos, governadores e do próprio Instituto Butatan, que chegou a enviar ofício cobrando uma posição do governo federal, a assinatura foi antecipada. “Preferimos adiantar a confirmação para termos logo essas 54 milhões de doses”, disse Franco.
Segundo o Ministério da Saúde, além da Coronavac, o país receberá, até dezembro, mais 42,5 milhões de doses de vacinas fornecidas pelo Consórcio Covax Facility. Outro fornecedor de imunizantes contra o novo coronavírus é a Fundação Oswaldo Cruz, com quem estão contratadas mais 222,4 milhões de doses, desenvolvidas em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, que começaram a ser entregues mês passado. Nos próximos dias, está prevista a assinatura de mais dois contratos, com a União Química, que deverá entregar 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, entre março e maio, e com a Precisa Medicamentos, que poderá fornecer, no mesmo período, mais 30 milhões de doses da Covaxin. A pasta ainda negocia com outros laboratórios para ampliar, ainda em 2021, as 364,9 milhões de doses que o Brasil tem atualmente contratadas, fora outras 10 milhões que poderá vir a confirmar com os fornecedores da Sputnik V e da Covaxin.