Lula diz que não revela equipe econômica para não perder voto

Em entrevista ao programa matinal Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM, de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que não quer revelar sua equipe econômica antes de ser eleito porque isso acarretaria perda de votos. Além disso, Lula deu a entender que convidaria os mesmos nomes que compuseram seu primeiro governo, em sua maioria presos por corrupção e libertados pelo STF.

A declaração foi dada nesta terça-feira (25), e pode ser vista a partir de 1h42min do vídeo que está disponível no You Tube, mas o trecho com a confissão do petista está sendo compartilhado nas redes sociais, onde causou polêmica. Veja o trecho aqui.

Ao responder à pergunta da jornalista se o candidato não estaria gerando insegurança ao omitir os indicados para equipe econômica, Lula respondeu após uma pausa.

“Se eu anunciar uma equipe econômica, se eu tiver dois economista eu vou perder 10, vou perder 15. Ou seja, eu não quero perder voto”, disse o petista. Em seguida, Lula disse que nunca indicou ministério antes de ser eleito.

Foro de São Paulo e política externa

Na sequência, Lula foi perguntado sobre o relacionamento com ditaduras em seu eventual governo. O ex-presidente, que é amigo de ditadores como Nicolás Maduro, da Venezuela, e Daniel Ortega, da Nicarágua, disse que irá “respeitar a autodeterminação dos povos” e que o critério para estabelecer boas relações externas deve ser, segundo Lula, o “interesse nacional” e não a intromissão na política de outros países. Lula defendeu as boas relações que tinha com a Venezuela.

Nesta segunda, o BSM repercutiu a informação do radialista Alexandre Pittoli, que afirmou ter provas de que “propagandas do PT estão sendo financiadas por governos da América Central e Caribe”.

De acordo com Pittoli, chegou em suas mãos dados da plataforma Google Ads que mostram anúncios pagos supostamente por governos de esquerda aliados ao ex-presidiário Lula. 

Nas últimas semanas, o ex-presidente mencionou a criação do Foro de São Paulo, que classificou como iniciativa para “moderar” a esquerda. A declaração foi criticada em editorial do Estadão, recordando do radicalismo e crueldade das ditaduras latino-americanas sustentadas pelo Foro, criado por Lula e Fidel Castro em 1990 para manter a esquerda no poder no continente.

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