Justiça proíbe greve de médicos da rede municipal de São Paulo
O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu à prefeitura da capital paulista uma liminar que proíbe os médicos da APS (Atenção Primária à Saúde) de seguirem com uma greve agendada para esta quarta-feira, 19. A paralisação havia sido marcada pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), após assembleia realizada no último dia 14. “A greve dos médicos municipais se afiguraria abusiva, na medida em que a paralisação nos serviços de saúde pública no município de São Paulo, a esta altura, ainda que parcialmente, poderá causar dano irreparável ou de difícil reparação aos cidadãos, até mesmo levá-los ao óbito pela falta de atendimento”, escreveu o vice-presidente do TJ-SP, Guilherme Gonçalves Strengler, em sua decisão.
Strengler argumentou ainda que “o cenário atual é de extrema excepcionalidade, em que hospitais e leitos estão sobrecarregados, com altas taxas de ocupação e enormes filas de pacientes na espera de atendimento”. O tribunal estabeleceu multa diária de R$ 600 mil ao Simesp em caso de descumprimento da decisão. Foi agendada para o dia 27 de janeiro uma audiência virtual de conciliação entre a Prefeitura de São Paulo e o sindicato.