Haddad já admite dificuldade para zerar o déficit em 2024
O cumprimento da meta de zerar o déficit primário em 2024 representa um desafio, disse, nesta quinta-feira (31), em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele, no entanto, afirmou que a equipe econômica está comprometida em reequilibrar as contas públicas.
– Nós não estamos negando o desafio. Não estamos negando a dificuldade. O que nós estamos afirmando é o nosso compromisso da área econômica em obter o melhor resultado possível, obviamente que levando em consideração a opinião do Congresso Nacional, que é quem dá a última palavra sobre esse tema – declarou Haddad.
A fala do ministro da Fazenda aconteceu em entrevista coletiva ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet, para explicar o projeto de lei do Orçamento de 2024.
Durante a entrevista, Haddad reconheceu que o aumento de arrecadação também é um desafio para o parlamento.
– Não são medidas fáceis para o Congresso deliberar. Que mérito para o Congresso! Confio na equipe econômica, não nego o desafio, mas penso que se nós nos comprometermos com resultados consistentes, vamos obter melhores resultados econômicos – argumentou.
Dino só enviou imagens de 4 das 185 câmeras do MJSP para a CPMI
Segundo o veículo, o ministério enviou primeiro gravações captadas por dois equipamentos. Já nesta quinta-feira (31), um novo conjunto de imagens, dessa vez capturadas por ao menos outras duas câmeras, foi repassado ao colegiado.
O ministro alega que o sistema de gravação do edifício do Palácio da Justiça, que fica ao lado do Congresso, teria capacidade de armazenamento limitada a menos de 30 dias e que, após esse período, as imagens mais recentes apagariam as mais antigas. Dino ainda colocou a culpa na prestadora de serviço de manutenção do circuito de câmeras ao justificar o não envio de todas as imagens à CPMI.
O contrato de manutenção dos equipamentos foi assinado em 2021 e, na época, a pasta já tinha montado seu sistema de gravação, que fica no prédio anexo ao Ministério da Justiça. Além das 185 câmeras da marca Bosch, o sistema possui uma sala de gravação com drives que armazenam as imagens.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o sistema em operação no Ministério da Justiça tem capacidade de recuperação de imagens gravadas em dias passados e, diferentemente do que é alegado por Dino, o contrato de manutenção do sistema não especifica o tempo que as imagens devem permanecer preservadas até que possam ser apagadas automaticamente.
À GloboNews, Dino culpou novamente, nesta quinta, o acerto com a empresa que cuida do circuito fechado de câmeras do Ministério da Justiça por não ter disponível para transferir à CPMI as imagens de 8 de janeiro.
– Há um contrato sobre as regras de conservação dessas imagens. Havia imagens preservadas, porque estavam em inquéritos. A PF foi lá, no começo de fevereiro, e levaram nas imagens. Todas as imagens que existem foram entregues – disse o ministro.
Ao jornal O Estado de São Paulo, o Ministério da Justiça não esclareceu o motivo de não ter preservado todas as imagens captadas pelas câmeras de segurança no dia dos ataques extremistas. A pasta disse, porém, que “as imagens consideradas importantes pelas autoridades competentes para os inquéritos em curso foram preservadas”.