Ex-presidentes custaram quase R$ 6 milhões ao Brasil em 2021
Desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, no dia 1° de janeiro de 2019, o Brasil possui seis ex-presidentes da República vivos e que geram custos aos cofres públicos por conta de benefícios concedidos a eles por uma lei da década de 80 e um decreto de 2008. No total, apenas em 2021, esses gastos atingiram a marca de R$ 5,8 milhões.
A quantia, que seria suficiente para o pagamento de 14.530 parcelas do valor médio do Auxílio Brasil, consta em um levantamento feito pelo site Metrópoles. De acordo com a publicação, os dados foram disponibilizados pelo Portal de Dados Abertos da Presidência da República.
Nos dias atuais, todos os ex-líderes utilizam os benefícios descritos na Lei n° 7.474/1986 e ajustados pelo Decreto n° 6.381/2008. Pela regra, cada ex-presidente tem direito aos serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal, a dois veículos de luxo com motoristas e ao assessoramento de mais dois servidores.
Os salários e custos com viagens desses servidores são pagos pela União. Atualmente, todos os ex-líderes utilizam os benefícios descritos na lei e no decreto.
LULA FIGURA COMO O MAIOR “GASTADOR”
O ex-presidente que mais gerou despesas aos cofres foi Lula, que demandou um total de R$ 1.163.461,90 ao longo do último ano. Nas despesas estão salários da equipe (R$ 647.097,52), diárias e passagens dos servidores (R$ 498.124,67), manutenção dos veículos e combustíveis (R$ 15.860,14) e serviços de telefonia e taxas (R$ 2.379,57).
Após Lula está justamente sua companheira de partido, Dilma Rousseff, que ficou no segundo lugar em gastos com um total de R$ 1.089.017,27. Na sequência aparecem na lista os ex-presidentes Fernando Collor (R$ 1.062.711,64), Michel Temer (R$ 910.159,71), José Sarney (R$ 824.288,73) e Fernando Henrique (R$ 762.445,07).
VIAGENS DE SERVIDORES GERAM CIFRAS ALTAS
Um dos valores que chama a atenção a respeito dos gastos com os ex-presidentes são despesas com as viagens realizadas pelas equipes deles. Após Lula, os assessores de Collor foram os que mais gastaram (R$ 254.087,88). Seguem na lista: Dilma (R$ 148.207,65), Temer (R$ 83.162,68) e Sarney (R$ 61.362,06).
O ex-presidente Fernando Henrique não teve gastos com esse tipo de despesa no período.