Contas do governo geral melhoraram no segundo trimestre

A necessidade líquida de financiamento do governo geral, que inclui governo federal, estados e municípios, fechou o segundo trimestre de 2022 em 4% do Produto Interno Bruto, o PIB. No mesmo período do ano passado, foi de 7,3%. Isso significa que o governo está arrecadando mais e gastando menos na comparação entre os anos.

O resultado se deve ao aumento nominal, sem considerar o efeito da inflação, de quase 32% da receita do governo geral no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Já a despesa cresceu mais de 20,5%.

Eduardo Fayet, da Fundação da Liberdade Econômica, diz que a necessidade de financiamento do governo significa que ele precisa pegar dinheiro emprestado para pagar as contas. Ele explica que, apesar de o governo geral ainda ter necessidade de financiamento, a situação melhorou em relação ao ano passado.

“As contas públicas em geral, em 2021, tinham uma necessidade de financiamento de 7,3% e, agora, em 2022, no segundo trimestre, precisa de 4% só. Melhorou, porque antes ele precisava de 7,3%. Diminuiu a necessidade de pedir dinheiro. Quanto menor o número, melhor é a situação das contas públicas de uma forma geral”. 

A necessidade de financiamento do governo federal é de 5,2% do PIB, ante uma capacidade de financiamento de 0,1% dos governos estaduais e de 1,1% dos governos municipais. Ou seja, a situação das contas públicas de estados e municípios foi melhor do que a do governo federal.

“Capacidade é positiva e necessidade é negativa. Quando o governo está com capacidade de financiar a sua atividade, quer dizer que ele tem mais receita do que despesa, há uma sobra de recursos para financiamento da sua atividade como governo”. 

De acordo com o boletim, todos os tipos de receita aumentaram, principalmente por causa da arrecadação de impostos, dividendos e concessões do governo federal.