Constantino: ‘Para Bolsonaro, não há alternativa a não ser as ruas’

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de uma ‘motociata’ nomeada ‘Acelera Para o Cristo’ no sábado, 12. A manifestação foi organizada por simpatizantes evangélicos de Bolsonaro e por motociclistas e é semelhante aos já realizados no Rio de Janeiro e Brasília nas últimas semanas. Para evitar possíveis problemas durante o passeio, o governo estadual informou que o esquema de segurança foi reforçado. Bolsonaro está acompanhando do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O grupo percorreu um trecho da Rodovia dos Bandeirantes, onde Bolsonaro parou por alguns instantes para acenar e cumprimentar quem o acompanhava no trajeto. Em seguida, retornaram à capital paulista e o ato se encerrou no Obelisco do Ibirapuera, onde Bolsonaro discursou. O presidente discursou durante cerca de 30 minutos e afirmou que ‘não existe pátria mais abençoada e mais rica do que a nossa’. Ele lamentou as mortes devido ao coronavírus, mas disse que só deve ficar em casa quem tem comorbidades ou idade avançada. “O resto, o povo tem que trabalhar”. Bolsonaro também reforçou o uso de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina como ‘tratamento precoce’ contra a Covid-19. Os organizadores do evento estimavam mais de 300 mil motos no evento, e chegaram a afirmar que mais de um milhão de veículos participaram da ‘motociata’. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, 12 mil motos participaram do ato.

Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino falou sobre os atos, dizendo que Bolsonaro não tem alternativas a não ser ir às ruas para lutar contra um sistema que tenta derruba-lo. “Acredito que a ação coordenada é do stablishment em conluio com a mídia e com esses institutos fajutos de pesquisa de tentar mostrar uma popularidade em queda que os olhos enxergam bem diferente. Eu já expliquei isso antes e volto a frisar: para o Bolsonaro, não há alternativa além de estar nas ruas. É a única forma dele lutar contra um sistema organizado com muito recurso público para tentar derruba-lo. É a única forma que ele tem de mostrar que a narrativa de jornalistas que são militantes disfarçados e esses institutos de pesquisa são falsos. Acusam de robô, de gado, falam que a popularidade está despencando e ai ele vai lá e, junto com centenas de milhares de pessoas, mostra o contrário”, afirmou Constantino.

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