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Nesta terça-feira (26), Marco Aurélio Mello, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma entrevista ao portal Uol quando falou sobre as recentes polêmicas envolvendo a Corte e disparou críticas sobre a condução do caso do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo ministro Alexandre de Moraes. Para Marco Aurélio Mello, falta pouco para Moraes “colocar a estrela no peito e o revólver na cintura”.
O ex-ministro deu as declarações ao ser questionado sobre o perdão concedido por Bolsonaro a Silveira, após o parlamentar ter sido condenado a oito anos e nove meses de prisão pela Corte. Para Marco Aurélio, a graça “não passa pelo crivo do Supremo”. Ele, no entanto, defendeu um cenário de “respeito mútuo por parte dos agentes políticos”.
– Precisamos de um cenário não de antagonismos, mas sim de respeito mútuo por parte dos agentes políticos. Se eu não fosse um homem otimista por criação na família e por minha vida no serviço público, minha vida como integrante do colegiado julgador, eu recearia até para a próxima presidência da Justiça Eleitoral que está a cargo do ministro Alexandre de Moraes (…) Que se tire, como costumo dizer, um jargão, inclusive carioca, que se tire o pé do acelerador e se sente à mesa e não na mesa, para que prevaleça o entendimento, para que prevaleça a paz social – destacou.
Já sobre a atuação de Moraes no caso, Marco Aurélio acredita que o ministro não está agindo “como convém”.
– Ele está se aproximando de colocar a estrela no peito e o revólver na cintura. Ou seja, a atuação como xerife, não é o que convém. Os homens aceitam muito mais gestos do que palavras. Não cabe partir para o discurso visando fustigar a quem quer que seja. (…) O juiz deve atuar com firmeza, ou seja, tornando prevalecente a legislação regente da matéria, a legislação em vigor – ressaltou.