‘Com a política do fecha tudo, milhões de brasileiros foram para a clandestinidade’, diz Bolsonaro
Após a ‘motociata’ organizada em São Paulo neste sábado, 12, por apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou por cerca de 30 minutos no Obelisco do Ibirapuera, zona sul da capital paulista, ao lado dos ministros Tarcísio de Freitas e Ricardo Salles, do seu filho Eduardo Bolsonaro, e mais aliados. Mais uma vez, Bolsonaro criticou as medidas de isolamento impostas em alguns Estados do Brasil como forma de combate à pandemia do coronavírus. Sem máscara durante todo o trajeto percorrido e nem durante o discurso, o presidente afirmou que a política do “fecha tudo” levou 38 milhões de brasileiros, que antes trabalhavam como informais, à clandestinidade. “Tivemos, e ainda temos, um problema sério: a questão do vírus em nosso Brasil. Desde o começo, eu disse que teríamos de cuidar do vírus e de outro problema: o desemprego. Essas duas causas tinham que ser tratadas com responsabilidade e de forma simultânea. Deixo bem claro: tudo o que falei lá atrás se confirma hoje em dia. O isolamento praticado no Brasil, especialmente em São Paulo, não encontra fundamentação científica para tal. Sempre falei do isolamento vertical. O meu governo não fechou comércio, o meu governo não decretou lockdown, o meu governo não impôs toque de recolher. Quem fez isso, fez errado. Com essa política de fechar tudo, 38 milhões de brasileiros, que eram os informais, foram jogados na clandestinidade, sem meios de sustentar sua família.” Para o presidente, apenas pessoas com comorbidades e de idade avançada devem ficar em casa. “De resto, o povo tem que trabalhar.”
Bolsonaro ainda relembrou ações realizadas pelo seu governo para diminuir os impactos da crise econômica causada pela pandemia. “Graças à nossa equipe econômica, que tem à frente o Paulo Guedes, criamos o auxílio emergencial. Somente no ano passado, destinamos mais recursos para o auxílio emergencial do que em dez anos de Bolsa Família. Fizemos programas, como sugerido pelo senador de SC, Jorginho Mello, chamado Pronampe. Com ele, preservamos mais de dez milhões de empregos.” Além disso, o presidente afirmou que, desde que o coronel da Polícia Militar de São Paulo e ex-comandante da Rota Ricardo Nascimento de Mello Araújo assumiu o comando da Ceagesp, além de dar lucro, a corrupção na companhia acabou.