Bolsonaro: “Petrobras poderia ser privatizada hoje”
O presidente Jair Bolsonaro declarou em entrevista, nesta quarta-feira (16), que a Petrobras “poderia ser privatizada hoje”. porque “não colabora com nada”. A fala surge em meio aos reajustes dos combustíveis da Petrobras.
– Qualquer nova alta a gente vai, da nossa parte aqui, desencadear um processo para que esse reajuste não chegue na ponta da linha para o consumidor. É impagável o preço dos combustíveis no Brasil. E lamentavelmente a Petrobras não colabora com nada – disse Bolsonaro.
O presidente ainda voltou a afirmar que não tem ingerência sobre a Petrobras.
– Muita gente me critica, como se eu tivesse poderes sobre a Petrobras, não tenho poderes sobre a Petrobras. Para mim, é uma empresa que poderia ser privatizada hoje, ficaria livre deste problema. E a Petrobras se transformou na Petrobras Futebol Clube, onde o clubinho lá de dentro só pensa neles, jamais pensam no Brasil – declarou.
PRESIDENTE DA PETROBRAS NEGA DEMISSÃO
O presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, afastou, nesta terça-feira (15), qualquer possibilidade de pedir demissão do cargo. A informação é da colunista Andreia Sadi, do g1.
– Jamais farei isso. Tenho formação militar, a gente morre junto na batalha e não deixa a tropa sozinha. Agora, minha indicação é do presidente da República, com quem tenho uma relação de lealdade e de confiança – afirmou.
A gestão da Petrobras se tornou alvo de críticas de diversas figuras públicas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, após anunciar um expressivo reajuste nos combustíveis.
Em uma ocasião, Bolsonaro chegou a se referir à estatal como “Petrobras Futebol Clube”.
– Resumindo, ontem [11/3] a Petrobras aumentou em R$ 0,90. Lamento, podia ficar mais um dia. A Petrobras demonstra que não tem qualquer sensibilidade com a população, é Petrobras Futebol Clube e o resto que se exploda – disse o chefe do Executivo, na última semana.
De acordo com o estatuto da Petrobras, o presidente da estatal pode ser destituído do cargo a qualquer momento. Alguns aliados de Bolsonaro trabalham para que Silva e Luna seja trocado do cargo em abril, na reunião do Conselho de Administração da estatal – ocasião em que também são eleitos novos membros do conselho.