Bolsa brasileira é considerada a pior do mundo e estrangeiros retiram 35 bilhões

A Bolsa de Valores do Brasil (B3) enfrenta um momento delicado em 2024. Entre janeiro e maio, investidores estrangeiros retiraram mais de R$ 35 milhões do mercado brasileiro, com um pico de mais de R$ 800 milhões somente em maio. Analistas atribuem essa fuga de capital a políticas do governo Lula, que não conseguiu estabelecer um equilíbrio fiscal, e à busca por melhores oportunidades de investimento em bolsas norte-americanas.

Transferências e Perdas de Milionários

O movimento de retirada de recursos do Brasil não é recente, mas se intensificou este ano. Nos primeiros três meses de 2024, cerca de R$ 20 bilhões foram transferidos para o exterior. A consultoria britânica Henley & Partners estima que, em 2023, o Brasil perdeu 1,2 mil milionários em dólares, refletindo uma tendência de evasão de capitais.

Desempenho da B3 em 2024

O desempenho da B3 em 2024 tem sido o pior entre as principais bolsas de valores do mundo. O principal índice, o Ibovespa, caiu 6,36% desde o início do ano, passando de 123 mil pontos no primeiro pregão do ano para 124 mil pontos no final de maio. Em contraste, a Nasdaq, em Nova York, ganhou quase 12%, a bolsa de valores do Japão subiu mais de 15%, e a de Buenos Aires disparou mais de 61% no mesmo período.

Impacto nas Ações da Petrobras

As ações da Petrobras, que têm um peso significativo no índice da B3, caíram quase 4% ontem, mas ainda acumulam uma alta de 2% no ano.

Questões Regulatórias e Suspeições

Além dos desafios econômicos, a B3 também enfrenta questões regulatórias. O Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) apresentou uma representação contra Alexandre Freire, conselheiro da Anatel, solicitando sua suspeição em um processo que beneficia empresas de telefonia celular. O IDEC alega que Freire solicitou vista baseado em um parecer de Ricardo Campos, considerado seu amigo e representante dos interesses das empresas envolvidas, o que comprometeria a imparcialidade do parecer.

A combinação de políticas governamentais questionáveis, a busca por investimentos mais lucrativos no exterior, e questões regulatórias internas têm contribuído para um ano difícil para a B3. O mercado financeiro brasileiro enfrenta desafios significativos, refletidos em um desempenho inferior comparado a outras bolsas globais e uma evasão crescente de capitais.

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