Anvisa sugere distanciamento – não isolamento – contra a varíola
A matéria divulgada na noite desta segunda-feira (23), pela Agência Estado trazia uma incorreção ao afirmar que a Anvisa sugeriu isolamento como medida de prevenção. A agência sugeriu o distanciamento social, entre outras medidas. Segue o texto corrigido:
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está pedindo reforço de medidas não farmacológicas, como distanciamento físico sempre que possível, uso de máscara e higienização frequente das mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Desde o início do mês, ao menos 120 ocorrências da doença foram confirmadas em 15 países.
O Ministério da Saúde já instituiu uma sala de situação para monitorar o cenário da monkeypox no Brasil.
A rara doença pode chegar nos próximos dias, segundo especialistas. No domingo, foram registrados casos suspeitos na vizinha Argentina. A varíola dos macacos é, na verdade, doença original de roedores silvestres, mas isolada inicialmente em macacos. É frequente na África, mas de ocorrência muito rara em outros continentes.
Cientistas acreditam que o desequilíbrio ambiental esteja por trás do atual surto, mas não veem razão para pânico.
– Acho muito difícil que [a doença] não chegue aqui – afirmou o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez.
– Mas se trata de uma doença considerada benigna – completou.
Além disso, existem tratamento e vacinas. Mas é necessário alerta, segundo a Chefe da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da USP, Anna Sara Levin.
– Essa transmissão pessoal é um pouco preocupante, temos de entender se houve uma adaptação do vírus ou contato muito intenso entre as pessoas.
– É mais um problema que vem se somar ao nosso quadro atual – disse Urbaez.
– O ponto positivo é que a nossa vigilância está muito sensível, conseguindo detectar os problemas em tempo real – destacou.