Ana Paula critica atuação de Moraes contra empresários que ‘não estão sob foro privilegiado’

O ministro Alexandre de Moraes determinou nesta terça-feira, 23, que a Polícia Federal cumprisse oito oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresários que teriam defendido a implementação de um suposto golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saia vitorioso nas eleições presidenciais de 2022. As ações ocorrem no âmbito do inquérito policial em tramitação na Suprema Corte e os mandados são cumpridos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Além das ações de buscas, a determinação também inclui bloqueio das contas bancárias dos empresários, assim como dos perfis nas redes sociais, tomada de depoimentos e quebra de sigilo bancário dos investigados. Em resposta, o procurador-geral da República, Augusto Aras, informou que não havia sido intimado previamente sobre a operação. “Os autos ainda não foram remetidos à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ciência formal da decisão do dia 19 de agosto, que determinou as diligências”, diz trecho do comunicado.

Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, a comentarista Ana Paula Henkel ressaltou que os empresários alvos da diligência da Polícia Federal não estão sob foro privilegiado. “Eles não poderiam estar sob a tutela do Alexandre de Moraes, não precisa ser um jurista renomado para entender”, classificou. O analista relembrou o posicionamento de renomados jurista e repercutiu o posicionamento do ex-ministro da Suprema Corte, Marco Aurélio Mello, que classificou a decisão de Moraes como tempos estranhos. “A liberdade de expressão é um princípio Constitucional básico em um Estado democrático de Direito”, disse o antigo magistrado.

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