‘Censurar imprensa, como deseja Lula, é ato criminoso’
Nesta quarta-feira (23), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, manifestou-se por meio das redes sociais a respeito de declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a regulamentação das redes sociais e da internet. Mourão rebateu o posicionamento do petista, que defendeu durante uma entrevista que a internet “tem que ter um limite”.
No Twitter, o vice-presidente afirmou que “a liberdade de expressão é inviolável”.
– A liberdade de expressão é inviolável! Censurar a imprensa e o que os brasileiros falam nas mídias sociais, como deseja o ex-presidente Lula, é um ato criminoso! Nossa democracia é livre e possui meios para responsabilizar os autores de ações hostis às instituições e pessoas – escreveu Mourão.
Em entrevista à Rádio Progresso na terça-feira (22), Lula foi questionado sobre como seria feita uma regulamentação das redes sociais e da internet. Ele defendeu que é preciso que a sociedade discuta a questão. Além disso, o petista chamou a internet de uma “uma coisa extraordinária”.
– Não pergunta para mim como seria [a regulamentação da mídia], porque eu não sei. O que eu acho é que nós temos que fazer um debate na sociedade brasileira para a gente saber se está correto ou não – destacou.
O ex-presidente, então, elogiou a internet e falou sobre suas preocupações com a tecnologia.
– Com a internet, você não fica ouvindo apenas matéria, você interage com ela, você vira repórter, você faz pergunta. É uma coisa muito interessante, mas tem que ter um limite, porque a maldade tomou conta – apontou.
Para ele, no entanto, existe muita “mentira” nas redes sociais.
– Ninguém pode utilizar a internet para contar mentira. Ninguém pode utilizar a internet para fazer maldade. E você sabe as maldades que existem. Você sabe a quantidade de mentira […]; é uma coisa absurda. Então, você tem que ter uma regulação – afirmou.
Por fim, o petista explicou que pretende fazer uma “regulação civilizada”.
– Eu não sei. Eu vou juntar os internautas desse país, eu vou juntar as pessoas que entendem disso, e nós então vamos tentar fazer uma regulação civilizada – pontuou.