Posicionamento dos jovens na internet consolida favoritismo de Bolsonaro
O complexo jogo eleitoral de 2022 precisa ser analisado com base na realidade concreta, objetiva e verdadeira dos fatos, das circunstâncias e da conjuntura. Vivemos um momento revolucionário na comunicação entre nós, seres humanos. Em segundos, enviamos uma mensagem, um pensamento, uma imagem, um vídeo, uma ideia a qualquer pessoa interligada, em qualquer lugar do mundo. Nossa comunicação chega em segundos a dezenas de milhares de quilômetros, a um morador de um vilarejo, a uma chácara na zona rural da Mongólia, da China, Rússia, Alasca, Japão ou alhures. Da mesma forma, recebemos informações, vídeos ou ideias de todas as partes do mundo. Somos real e efetivamente hoje aquela grande e famosa aldeia global.
Desatentos ou inconformados com esta nova realidade, veículos de comunicação tentam manter seus monopólios de divulgação de informação. A tática praticada hoje é desacreditar informações que circulam pela web e que não tenha sido validada ou chancelada por eles próprios, supostos senhores da verdade. Eles não querem que o cidadão possa ele mesmo obter várias informações e elaborar ele mesmo sua convicção, sua análise dos fatos. Isso é exclusivo destes ultrapassados “veículos de imprensa”. O Brasil é o 3º país que mais usa redes sociais no mundo, com mais de 150 milhões de usuários, segundo estudo divulgado pela plataforma Cupom Válido.
Aí entra um ponto político e estratégico pouco ou nada observado. No Brasil, a faixa de 16 a 24 anos de idade é a que utiliza redes sociais por mais tempo durante o dia. E o grupo de 18 a 44 anos de idade é a maioria esmagadora dos usuários brasileiros das redes sociais. Esse grupo de internautas, na faixa de 16 a 24 anos de idade, representou nas eleições de 2020 apenas 13,5% dos eleitores, contra 20,4% dos eleitores com 60 anos ou mais. Portanto, temos uma batalha entre o novo, moderno e democrático meio de comunicação baseado na tecnologia na palma da mão de todos os cidadãos contra o ultrapassado, corrompido, corrupto e velho modelo de mídia.
Um atleta, o jogador de futebol Cristiano Ronaldo, ultrapassou a fabulosa marca de 400 milhões de seguidores nas redes sociais. As pessoas querem saber o que ele faz, o que ele pensa, como ele vive, seus valores, seus pensamentos e se inspirarem nele. Cada cidadão tem hoje, graças à libertária internet, o poder de escolher aqueles que servirão de inspiração e referenciais para suas vidas e de seus familiares. Ninguém é obrigado a seguir este ou aquele atleta. A regra vale para todas as “celebridades”. Quem faz a escolha são as próprias pessoas, os próprios cidadãos, ou seja, os próprios eleitores. Estes são números. São fatos e não opiniões pessoais cheias de segundas intenções.
Assim, se analisarmos que o presidente Bolsonaro tem mais de 42 milhões de seguidores nas redes sociais e que essas pessoas o seguem voluntariamente, espontaneamente, podemos ao menos imaginar que ele tem em sua base eleitoral, esse número de votos. Pelo menos isso do ponto de vista potencial, porém quase realizável. Ocorre que esses 42 milhões de seguidores nas redes sociais representam 40,06% do total de votos válidos da eleição de 2018, na qual ele se elegeu presidente. E ele teve, no 2º turno daquela eleição, 55,13% dos 104.838.753 votos válidos, ou seja, exatos 57.797.847.
Por isso, é muito plausível concluirmos que os 42 milhões de seguidores do presidente Bolsonaro são eleitores na faixa de 16 a 44 anos de idade. Na conta, ainda faltaria computar os mais de 20% do eleitorado – aqueles com mais de 60 anos que não são (ou podem não ser) usuários das redes sociais. Esse eleitor de 55 anos ou mais, 60 anos ou mais, é justamente aquele eleitor que no período dos escândalos dos governos Lula e Dilma tinha aproximadamente 40 anos. É o perfil de cidadão no auge da maturidade eleitoral, preocupado com a segurança da sua família, educação dos filhos e baixos salários. Esses eleitores de 55 a 60 anos hoje, assistiram diariamente, em toda a imprensa, aos escândalos da CPI do Mensalão, assassinato de Celso Daniel, Escândalo dos Bingos, Escândalo dos Correios, Escândalo dos dólares na Cueca, Escândalo dos Bilhões da Refinaria de Passadena – EUA, Escândalo dos Sanguessugas e dos Aloprados, Escândalo do BANCOOP, Escândalo do Carlinhos Cachoeira. Todos se lembram do início das operações da PF que geraram a Operação Lava Jato e o início das prisões de toda a cúpula do PT, com o ápice da prisão do Lula.
A análise estatística mais elementar indica que mais de 20% desse eleitorado poderá escolher o presidente Bolsonaro nas próximas eleições. Mais de 40% dos eleitores com votos válidos na última eleição presidencial são seguidores do presidente Bolsonaro nas redes sociais. Todos na faixa de 16 a 44 anos de idade. E mais de 20% dos eleitores acima de 55 anos de idade e que pouco ou nada utilizam as redes sociais foram os que presenciaram uma infinidade de escândalos de corrupção dos governos de esquerda (Lula/Dilma/Temer). Portanto, prováveis admiradores da honestidade presente no governo Bolsonaro. O eleitor brasileiro, cansado de tanta corrupção e tendo acesso direto e diário às informações, poderá tranquilamente escolher o presidente Bolsonaro na hora de votar em 2022. Esse é o cenário
estatístico mais provável. Entendeu por que Bolsonaro desponta como favorito, a ser batido, e Lula, o favorito-fake, tem poucas chances no clima anti-PT e anti-corrupção que persiste?