‘Infectados em cruzeiros representam menos de 1% dos passageiros’, diz ministro do Turismo
As empresas responsáveis por navios cruzeiros decidiram pela suspensão temporária das viagens após mais de 800 casos de Covid-19 serem confirmados entre passageiros e tripulantes. Inicialmente, a medida vale até o dia 21 de janeiro. A proposta é que sejam avaliados os protocolos sanitários adotados e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalie se houve desrespeito às normas estabelecidas. Mesmo com o alto número de diagnósticos do coronavírus, a avaliação é que os casos positivos representam uma parcela pequena dos viajantes, afirma o ministro do Turismo, Gilson Machado. “São 800 pessoas [infectadas]. Vamos transportar quase 400 mil cruzeiristas, já transportamos quase 100 mil, então é menos de 1%. Das 800 pessoas contaminadas, não temos nenhum caso grave e temos 800 assintomáticos, que só foram constatados porque as empresas são sérias e fazem exames por conta própria”, afirmou o ministro em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.
Gilson Machado reconheceu que houve o que chama de “reviravolta epidemiológica mundial” após o surgimento da variante Ômicron, com aumento de casos da Covid-19 em diversos países do mundo, como os Estados Unidos, França e Austrália, por exemplo. Ele lembrou que os protocolos sanitários para os navios cruzeiros foram estabelecidos antes da descoberta da nova cepa, que é mais transmissível. “Agora estamos vendo uma variante, que temos acompanhado no mundo todo um poder de contaminação em torno de 146 vezes maior. Mas temos visto que é 70 vezes menos letal que a Covid-19 normal. Então, ao que tudo indica, temos uma convergência para uma possível imunidade de rebanho”, reforçou Machado.
“Espero que estejamos caminhando para que estejamos caminhando para imunidade de rebanho, porque temos temos que aprender a conviver com o problema ou a nossa civilização vai ser refém da histeria e do caos”, completou o ministro, que defendeu a necessidade de aplicar testes para a Covid-19 em outros setores da economia para ver qual “o nível da Ômicron em outros locais”. “Se formos seguir os protocolos da Covid que os cruzeiros estão seguindo nas outras atividades, teremos uma grande surpresa. Principalmente nos blocos de Carnaval”, concluiu Gilson Machado, que finalizou lembrando que os navios carregam apenas passageiros pela costa brasileira, não recebendo viajantes de outros países.