Mário Gatti, em Campinas, estuda medidas contra tromboembolismo venoso nos pacientes
O Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital Mário Gatti realizou na manhã desta quarta-feira, 17 de novembro, evento para profissionais da área de saúde sobre boas práticas de prevenção do tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes internados. Participaram como palestrantes a hematologista Tayana Mello e a fisioterapeuta Elaine Cristina Oliveira.
A iniciativa é do time de boas práticas, que trabalha na definição de um protocolo de prevenção ao tromboembolismo venoso, com padronização da avaliação e adoção de métodos preventivos adequados no momento da admissão do paciente.
De acordo com a hematologista, o uso de anticoagulantes reduzem em 80% os casos de tromboembolismo venoso hospitalar, mas é preciso ter uma avaliação dos riscos hemorrágicos que eles podem causar. Além de medicamentos, a profilaxia mecânica, como uso de meias elásticas, fisioterapia motora e opressão pneumática são outros auxiliares na prevenção.
O tromboembolismo venoso é a formação de coágulos de sangue nas veias profundas do corpo. Os membros inferiores são mais acometidos, situação em que ocorre trombosa venosa profunda (TVP). O coágulo pode sair das pernas, viajar na circulação e atingir o pulmão, provocando embolia pulmonar (EP). As duas condições, juntas, são chamadas de tromboembolismo venoso (TEV).
É a terceira causa de morte cardiovascular mais comum no mundo, atrás apenas do infarto e do acidente vascular cerebral. Os estudos sobre o TEV no Brasil são escassos, mas estima-se que haja uma incidência de 0,6 casos por mil habitantes ao ano.
A coordenadora do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital Mário Gatti, Fernanda Martins, observa que medidas de prevenção ao tromboembolismo venoso são adotadas na rotina do hospital, “mas estamos no processo de definição do protocolo institucional e disseminação para as equipes”, apontou.
“Estamos finalizando o protocolo, padronizando os impressos de avaliação da estratificação do risco de desenvolvimento de tromboembolismo em pacientes adultos clínicos e cirúrgicos para a indicação ou não do uso de profilaxia medicamentosa ou mecânica”, disse. O Hospital Mário Gatti ainda não tem indicadores de mortalidade por tromboembolismo, e essa será mais uma das etapas da implementação do protocolo.