Geraldo Alckmin vai manchar sua reputação se sair como vice de Lula à presidência em 2022, diz Constantino
Ex-governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin é cotado para sair como vice na chapa de Luis Inácio Lula da Silva para a presidência nas eleições de 2022. Os dois têm trocado elogios nos últimos dias. Na sexta-feira, 12, Alckmin disse que se sente honrado pela lembrança para compor a chapa, enquanto o ex-presidente Lula afirmou que tem um bom relacionamento com o político do PSDB e que irá analisar a possibilidade de uma parceira em sua possível candidatura, que ainda não está confirmada. No programa 3 em 1, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 15, os comentaristas comentaram sobre essa chapa. Para Rodrigo Constantino, é um mau negócio para Alckmin. “Acho um tremendo mico para o Geraldo Alckmin que, em que pese todo tipo de crítica legítima, tá muito longe de alguém como o Lula que é um ex-presidiário. Pro Alckmin, nessa altura do campeonato, manchar sua reputação dessa forma denota desespero”, afirmou. Ainda segundo ele, a aliança mostra que PT e PSDB não são tão diferentes quanto tentam mostrar ser. “Agora lembrar que o PT e PSDB se degladiando de vida e morte era um teatro de tesoura, não são tão diferentes assim em termos ideológicos”, completou.
No mesmo comentário, Constantino também falou sobre as falas de Sergio Moro como pré-candidato. Ainda não é certo se o juiz e ex-ministro do governo Bolsonaro se lançará para a presidência ou uma vaga no Senado. O comentarista afirmou que a chamada ‘terceira via’ não se mostra tão novidade e que Moro precisar focar seu ataque ao PT e não ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Essa terceira via que surgiu tem um grave defeito, ela toda é meio tucana. O que quer dizer que se descer do muro, desce à esquerda no colo de um petista. Falta essa terceira via atacar muito mais o PT, a ameaça lulista ao Brasil, do que o Bolsonaro, que tem defeitos e merece críticas, mas está longe de representar iguais ameaças. E aí é que está o problema da 3ª via, ela insiste em continuar numa narrativa de PT x Bolsonaro, que são dois extremos, e na prática concentrando sua munição para atacar e demonizar Bolsonaro. É bom o Moro sair dessa zona de conforto e lembrar quem é o PT”, disse.