SP reconhece que variante Delta circula no Estado e avalia adiantar segunda dose da vacina
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 7, o governo do Estado de São Paulo confirmou que a variante Delta do novo coronavírus já circula na unidade federativa e disse não descartar adiantar a segunda dose de algumas vacinas para imunizar a população com mais rapidez, já que a mutação é mais contagiosa do que as predominantes no país. Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, uma reunião com o governador João Doria (PSDB) deve ser realizada nesta quinta-feira, 8, para discutir o assunto. “Temos uma variante que já é autóctone, ou seja, já está circulando no nosso meio em pessoas que não tiveram histórico de viagens ou que tiveram contato com alguém que esteve, por exemplo, na Índia, e desta forma nós temos que ter uma atenção especial. É importante nós lembrarmos que também temos que ter mais doses de vacinas, principalmente das outras vacinas, da Pfizer, também da própria AstraZeneca, para que este intervalo entre uma dose e outra possa ser sim estabelecido”, disse.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, considerou que a variante é uma preocupação não só de São Paulo, mas também no mundo e lembrou que o imunizante produzido pelo Butantan não deve ter aplicação alterada, já que tem intervalo de 28 dias, diferente de outras vacinas permitidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que têm até três meses de aplicação entre primeira dose e reforço. “Sem dúvida, a possibilidade de antecipação da segunda dose para essas vacinas é considerada sim, porque embora as vacinas possam não responder bem à variante Delta de forma geral, o fato de você ter a imunidade completa ajuda, e ajuda substancialmente, por isso que muitos estão já considerando a alteração do calendário de imunização prevendo a segunda dose, e na minha opinião isso é uma medida que tem sim que ser considerada”, afirmou. A taxa de ocupação das UTIs no Estado está em 70,19%; na capital e na Grande São Paulo, a média é de 64,56%. Desde o início da pandemia, 3.824.111 pessoas foram infectadas e 130.935 morreram com a doença.